Jens Spahn alega que medida traz justiça aos cofres da Alemanha
Clemens Bilen / EFE – EPA – 6.8.2020

O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, afirmou nesta quarta-feira (22) que o país não vai pagar compensações a trabalhadores que não se vacinaram contra a covid-19 e que podem ser forçados a adotar medidas de quarentena contra a doença. Segundo o chefe da pasta, seria injusto pedir aos contribuintes alemães que subsidiem aqueles que recusaram a imunização.

As regras de quarentena, que serão implementadas nos 16 Estados do país, começarão a valer em 11 de outubro no mais tardar, disse o ministro. As normas valerão para pessoas que forem diagnosticadas com o vírus e aquelas que estiverem voltando de países considerados de “alto risco” de covid-19, o que agora inclui Reino Unido, Turquia e partes da França, entre outros.

Viajantes não-vacinados desses locais são obrigados a ficar em quarentena durante ao menos cinco dias, mas não os que estão vacinados ou se recuperaram recentemente. Críticos dizem que tais regras seriam equivalentes a uma obrigatoriedade de vacinação contra o novo coronavírus, já que muitos trabalhadores não podem ficar em casa sem receber.

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“Devemos enxergar isso de forma diferente”, disse Spahn durante entrevista coletiva. “É sobre justiça. Aqueles que protegem a si mesmo e aos outros por meio da vacina podem, corretamente, perguntar por que devemos pagar a alguém que acabou entrando em quarentena depois de passar férias em um local de risco.”

Também existem preocupações sobre privacidade. A Alemanha tem leis duras para regulamentar a privacidade de dados devido ao seu histórico de vigilância estatal de nazistas e comunistas sobre os cidadãos, e os empregadores normalmente não têm direito de pedir informações de saúde dos funcionários.

A vacinação não é obrigatória na Alemanha, mas as autoridades têm adotado medidas para tornar cada vez mais inconveniente a decisão de não se vacinar.

 

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