Ministro da Saúde deu detalhes sobre a aprovação da Anvisa para uso emergencial de vacinas
Adriano Machado/ REUTERS 07.01.2021

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, concedeu entrevista coletiva, neste domingo (17), para falar sobre a aprovação de uso emergencial das vacinas de Oxford e da CoronaVac. Direto do Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), no Rio de Janeiro, ele anunciou a data de distribuição das 6 milhões de doses disponíveis no país e, ainda, alguns detalhes do PNI (Plano Nacional de Imunização), que deve começar na quarta-feira (20) em todos os estados. 

“Determinei, imediatamente após a aprovação do uso emergencial da Anvisa, ao departamento de logística do Ministério da Saúde que faça a preparação específica dos lotes para cada estado e Distrito Federal. Amanhã, às 7h, iniciaremos a distribuição das doses para todos os estados, com o apoio do Ministério da Defesa, com o deslocamento aéreo”, disse. 

De acordo com o cronograma do governo, os imunizantes serão distribuídos considerando os grupos prioritários e a proporção de cada estado. O planejamento foi preparado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, considerando “todas as hipóteses e cenários.” A expectativa é que as primeiras vacinas sejam aplicadas na quarta-feira (20), a partir das 10h.

 

Pazuello critica uso político de imunizantes

Distribuição de vacinas contra a covid-19 será realizada a partir de segunda-feira (18)
Stephane Mahe/Reuters – 14.01.2021

 

 

 

O ministro também criticou o que ele classificou como “uso político” das vacinas. Pazuello disse que o Ministério da Saúde já está com as doses em mãos e que poderia ter realizado a primeira vacinação do Brasil. No entanto, decidiu respeitar o que foi “pactuado com os governadores.” 

“Não faremos jogada de marketing. O governo federal determinou que o Plano Nacional de Imunização seja executado pelo Ministério da Saúde. Esse plano já foi apresentado ao STF (Suprema Tribunal Federal), lançado no Palácio do Planalto, com todos os estados. Quebrar essa pactuação é desprezar a igualdade entre todos os estados e brasileiros”, completou.

No dia 11 de janeiro, Pazuello afirmou que a vacinação começaria “no dia D, na hora H”. Em pronunciamento na cidade de Manaus (AM), o ministro ressaltou que as primeiras doses aos estados e municípios poderiam ser distribuídas entre três e quatro dias após a liberação da Anvisa. 

 

 

 

Doses de vacina na Índia

Voo da companhia aérea Azul deve fazer o transporte de doses da vacina de Oxford, na Índia
Gareth Fuller/PA Wire/Pool via Reuters – 02.01.2021

 

 

 

O Ministério da Saúde espera colocar em prática um plano para buscar um lote de 2 milhões de doses da vacina contra a covid-19, na Índia, nesta semana. O atraso no cronograma de entrega dos imunzantes foi confirmado na manhã de sexta-feira (15), pelo Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores). De acordo com o ministro ´Pazuello, o impasse teria sido provocado por conta de pressões internas no país asiático. 

“Em uma conversa, em nível diplomático, ficou claro que a Índia iria começar a sua vacinação no dia 16, sábado, e que seria interessante que a saída das doses do país acontecesse após o iníicio da vacinação. Hoje, é o primeiro dia após o início da vacinação. É muito provável que a gente consiga coordenar essa entrega agora, para o começo da semana. Estamos em negociação diplomática para isso.” 

O chefe da pasta lembrou, ainda, que a responsabilidade para resolver o impasse seria, em tese, do laboratório responsável pelo imunizante. “Essa missão de resolver o problema é da empresa contrata. Temos um contrato com a AstraZeneca Global. Cabe a ela e a do Brasil resolver o problema, tanto da Índia quanto da China. Essa missão é da AstraZenreca. Somos o apoio e temos o contrato para cobrar.”

Anvisa aprova uso emergencial de vacinas

A Anvisa concedeu nesta tarde autorização para uso emergencial das vacinas de Oxford e da CoronaVac. São os primeiros imunizantes contra a covid-19 aprovados para uso no país. A decisão foi tomada nos primeiros três votos, a favor, da diretoria, composta por cinco membros.

A vacina de Oxford foi desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, e, no Brasil, será produzida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro. Já a CoronaVac foi desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac e será fabricada pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

O uso emergencial vale para um lote de 2 milhões de doses da vacina de Oxford produzida pelo Instituto Serum, na Índia, e 6 milhões de doses da CoronaVac, que já estão em território nacional. Para o uso de outros lotes, será necessária uma nova solicitação.

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