Importadora do produto israelense não apresentou estudos que comprovam ação contra a Covid-19
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) cancelou a notificação que permitia a importação do spray nasal israelense Taffix. O produto prometia bloquear vírus que entram nas células do nariz, inclusive o coronavírus. A decisão da agência está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (19).

Segundo a agência, o cancelamento foi motivado pela falta de estudos que comprovassem a eficácia contra a Covid-19 por parte da empresa responsável pela importação do spray, a Belcher Farmacêutica. A empresa chegou a anunciar que o primeiro lote do produto chegaria ao Brasil em fevereiro e estaria disponível em todas as famácias.

“Após receber a autorização de notificação, em 31/12, o produto apresentou alegações de ser bloqueador de vírus dentro da cavidade nasal e ser altamente eficaz no bloqueio de vários vírus respiratórios, incluído o Sars-CoV-2. No entanto, não foram apresentados estudos clínicos que comprovem eficácia para esse fim, o que torna necessário o seu cancelamento imediato”, dise a Anvisa.

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A identificação inicial ocorreu por meio do Programa de Auditoria de Dispositivos Médicos Isentos de Registro (Notificados – Risco Baixo), que é responsável por conferir os critérios e requisitos técnicos de produtos. “A Agência esclarece que as empresas responsáveis que desejarem regularizar sprays antivirais devem comprovar todas as indicações de uso propostas por meio de estudos clínicos”, reforçou a Anvisa. 

O Taffix, fabricado pela biofarmacêutica israelense Nasus Pharma, foi notificado no dia 30 de dezembro de 2021. Segundo a fabricante, o spray não é um medicamento, mas um produto para saúde.

“O Taffix caracteriza-se, ainda, como um produto para saúde de classe II, considerado de médio risco e classificado como uma barreira mecânica protetora contra alérgenos e vírus dentro da cavidade nasal. Dessa forma, o spray não se enquadra como um medicamento e não apresenta finalidade terapêutica, curativa ou diagnóstica”, esclareceu a farmacêutica.

O R7 entrou em contato com a Belcher e aguarda o posicionamento sobre a ação da Anvisa. 

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