Em fase vermelha, transporte público segue com aglomerações
Bruno Rocha/Enquadrar/Estadão Conteúdo – 08.03.2021

Após o primeiro fim de semana na fase vermelha, etapa do Plano São Paulo em que funcionam somente os serviços essenciais, o estado resgistrou uma taxa de isolamento de 46% no sábado (6) e de 51% no domingo (7). Na capital, o isolamento foi de 44% no sábado e 50% no domingo. 

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De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, as taxas já foram em torno de 4 pontos percentuais acima do havia sido registrado nos últimos fins de semana. “Precisamos de mais. Também estamos monitorando indicadores por algomeração e por setor, prédios comerciais, bares e restaurantes”, afirmou.

Segundo o secretário de segurança pública, o general João Camilo Pires de Campos, 46.731 policias atuaram em dez dias de toque de restrição, medida adotada pelo governo para fiscalizar e impedir o funcionamento de festas e eventos. O canal de denúncias 190 recebeu 517.188 chamados e 243.565 casos viraram ocorrência. Campos disse ainda que os agentes de segurança realizaram 28.570 dispersões com 330 presos e 1.203 blitzes.

Nesta quarta-feira (3), o governador João Doria classificou todo o estado de São Paulo na fase vermelha por 14 dias com o objetivo de conter a alta de casos e mortes por covid-19 nos hospitais paulistas. O anúncio foi feito ao lado de membros do governo e do Centro de Contingenciamento da Covid-19. 

“Em São Paulo e no Brasil, estamos à beira de um colapso na saúde. Isso exige medidas urgentes”, afirmou João Doria (PSDB) para justificar o endurecimento das restrições, que começam a valer a partir da 0h do sábado (6) e vão até o dia 19 de março.

“Vamos enfrentar as duas piores semanas da pandemia desde o primeiro caso na pandemia no Brasil”, disse Doria. “É a pior crise de saúde dos últimos cem anos. Há 41 dias, o Brasil tem mais de mil mortes por dia. Como se cinco aviões caíssem por dia matando todos os seus ocupantes. Isso é uma tragédia que pode ser ainda pior. Não podemos banalizar a morte. Um paciente de covid-19 é internado a cada dois minutos”, completou.

O coordenador executivo do órgão, João Gabbardo, afirmou que não existe outra forma de reduzir o contágio se não com as medidas restritivas. “Hoje, o país tem o dobro de leitos de UTI comparando com o início da pandemia. Mesmo tendo dobrado, os estados apresentam cerca de 80 pessoas na fila para internar”, disse. Nesta quarta-feira, o estado registra a taxa de ocupação de leitos de UTI de 75,3%. Nas duas últimas semanas, foram 93 pacientes internados.

Nesta fase, funcionam somente os serviços considerados essenciais, como farmácias, supermercados e padarias, açougues, postos de combustíveis, lavanderias, meios de transportes, oficinas de veículos, atividades religiosas, hoteis, pousadas, bancos, pet shops e serviços de entrega.

Toque de restrições

Além do funcionamento apenas dos serviços essenciais, a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Patrícia Ellen, ressaltou que o toque de restrição das 20h até as 5h deve ser cumprido.

O atendimento presencial em restaurantes, comércios e lanchonetes fica proibido, mas os serviços de entrega podem funcionar normalmente. Shopping centers, academias, salões de beleza e barbearias também não podem abrir. Eventos, convenções e atividades culturais presenciais estão proibidas.

O secretário estadual de saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que o governo abrirá 339 leitos de UTI e 161 de enfermaria. Segundo a pasta, São Paulo aumentou em 143% o número total de leitos de UTI para enfrentar o coronavírus na pandemia.

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O estado chegou a adotar medidas de restrições como toque de restrição para impedir o funcionamento de festas e eventos a partir das 23h. Além disso, a fase vermelha também já havia sido adotada para conter a disseminação do vírus das 22h às 6h. Apesar das medidas, os números de internações continuaram a crescer e hoje diversos municípios do interior, como Araraquara e Mogi Guaçu, adotaram medidas de lockdown mais rídigas.

A Grande São Paulo estava classificada na fase laranja do plano de flexibilização econômica. Mesmo com as proibições no funcionamento de bares e restrições para restaurantes, membros do Centro de Contingenciamento avaliaram que a situação do estado e de todo o país era crítica.

O estado apresentou, na 9ª semana epidemiológica, 14,7% a mais de internações por covid-19 do que o registrado no pico da primeira onda da doença, em julho do ano passado.

O tempo que os pacientes passam nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) também aumentou e passou do intervalo de sete a 10 dias de permanência nos leitos para 14 dias de internação. Em relação ao número de casos, houve um aumento de 9,7% comparado à semana epidemiológica anterior.

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