O risco de desenvolver coágulo sanguíneo, segundo estudo, foi maior em pacientes com comorbidades
Pixabay
A covid-19 aumenta o risco de desenvolver coágulos sanguíneos graves até seis meses depois do contágio, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (6) no British Medical Journal (BMJ).
O estudo sueco revela um risco maior de trombose venosa profunda até três meses após a infecção por covid-19, de embolia pulmonar até seis meses depois e de um evento hemorrágico até dois meses depois.
O risco foi maior em pacientes com comorbidades e entre os que padeceram da forma severa de covid-19, e foi mais marcante durante a primeira onda da pandemia do que na segunda ou na terceira, segundo o estudo.
Sabia-se que a infecção pela covid-19 aumentava o risco de coágulos sanguíneos graves, conhecidos como trombose venosa, mas havia menos informação sobre o período durante o qual o risco era maior e se variou durante as diferentes ondas pandêmicas.
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Para fazer o estudo, os pesquisadores identificaram mais de um milhão de pessoas na Suécia infectadas pela covid-19 entre 1º de fevereiro de 2020 e 25 de maio de 2021, e as classificaram por idade, sexo e local de residência, com quatro milhões de pessoas que não estiveram contagiadas.
Com isso, calcularam as taxas de trombose venosa profunda, embolia pulmonar e sangramento entre as pessoas que tiveram covid-19 ao logo do período de controle e o compararam com o grupo sem contágio.
Segundo os pesquisadores, os maiores riscos observados durante a primeira onda comparados com as duas seguintes poderia ser explicados pelas melhoras nos tratamentos e na cobertura de vacinas nos pacientes com mais idade.
Para os cientistas, os resultados justificaram adotar medidas para evitar uma trombose (como administrar tratamentos para evitar a formação de coágulos sanguíneos), em particular para os pacientes de alto risco.
Também destacaram a importância da vacina contra a covid-19.