País foi severamente atingido pelo avanço da segunda onda da pandemia
Antonio Ojeda / EFE – 28.03.2021

O hospital Carlos Van Buren, em Valparaíso, localizado a 120 quilômetros de Santiago em direção à costa chilena, alertou sobre o colapso de seu necrotério devido ao aumento das mortes por covid-19, que de acordo com as autoridades sanitárias foi de 17 pessoas no último domingo (28).

Com o país severamente atingido pelo avanço da segunda onda da pandemia, que neste final de semana manteve 16 milhões de pessoas — 97% da população — em total confinamento, a instituição informou que “nas últimas horas” viram “aumento da procura por espaços para guardar os restos mortais” de seus pacientes.

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“O necrotério colapsou e infelizmente corredores foram habilitados (…) temos nove corpos de pessoas que morreram por covid-19”, explicou à imprensa local, o dirigente da Federação Nacional dos Trabalhadores na Saúde de Valparaíso, Aron Neira.

Quando a capacidade de armazenamento dos corpos foi excedida, o hospital deixou uma vítima em um setor fechado do hospital, “mantendo as condições sanitárias e a dignidade do falecido”.

Um caminhão frigorífico com capacidade para armazenar 12 corpos foi chamado para aliviar a pressão no necrotério.

“Na noite de sexta-feira ocorreram mais mortes do que este necrotério tinha capacidade, de onde os defuntos saem todos os dias e são entregues às suas famílias”, disse à imprensa, o diretor do Serviço de Saúde de Valparaíso-San Antonio (SSVSA), Eugenio de la Cerda.

“Neste fim de semana tivemos um fechamento total das atividades (devido a quarentenas) os cemitérios nem sequer foram frequentados e que geraram um bloqueio (engarrafamento) na saída dos falecidos”, acrescentou.

Relativamente à fotografia que circulou nos meios de comunicação em que vários cadáveres foram vistos, cobertos e nas suas macas, em um corredor do hospital, De la Cerda disse que é um local que o hospital montou anexo ao necrotério com todas as medidas necessárias para o fazer. Da mesma forma, ele indicou que a chegada do caminhão frigorífico ajudaria a administrar bem a situação.

Não é a primeira vez

Por sua vez, o dirigente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Saúde (Fenats) de Valparaíso, Raúl Delgadillo, disse à imprensa que situação semelhante já havia ocorrido em setembro de 2020 e que um caminhão frigorífico precisou socorrer o necrotério.

A região de Valparaíso, a segunda mais populosa do país, bateu, ontem, seu recorde de infecções diárias, detectando 880 novos casos nas últimas 24 horas e atingindo um total de 1.835 mortes desde o início da pandemia.

Segundo relatório do Ministério da Saúde, o país abriga 41.767 casos ativos, enquanto o número de óbitos chega a mais de 30 mil entre casos com PCR positivo e suspeitos.

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