Pelé está internado após retirada de tumor e se recupera bem, segundo hospital
Sebastião Moreira/EFE/18-11-19

O Rei do futebol Pelé, 80, passou por uma cirurgia de “retirada de lesão suspeita no cólon direito”, no último sábado (4), segundo o boletim médico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde está internado. 

O tumor foi identificado durante exames de rotina. O material foi encaminhado para análise patológica, de acordo com o Einstein. “O paciente, que passa bem, está em recuperação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a previsão é que seja transferido para o quarto na terça-feira (7)”, informa a nota. 

A idade avançada está entre os principais fatores de risco do câncer de intestino, segundo o geriatra Natan Chehter, membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. “O câncer de cólon é uma doença que acomete adultos mais velhos e idosos”, diz.

O câncer colorretal é o terceiro mais frequente em homens, atrás do câncer de próstata e de pulmão, e o segundo mais comum em mulheres, após o câncer de mama, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer). A previsão é de 40 mil novos casos este ano no Brasil.

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Chehter explica que o chamado câncer esporádico, que não tem base genética, é o mais incidente. Além da idade, outros fatores de risco são obesidade, tabagismo, consumo de sal, de carne vermelha processada e de embutidos.

Para prevenir esse tipo de câncer, o médico orienta aumentar a ingestão de fibras e de líquidos, para estimular o trânsito intestinal, e manter o controle do peso, além da realização de exames de rastreamento a partir dos 50 anos, já que o problema, quando inicial, não causa sintomas.

“A recomendação é que pessoas acima de 50 anos façam o exame de rastreamento. Não sente sintomas quaisquer, mas pode fazer o exame para detectar eventualmente uma lesão que possa se desenvolver como câncer”, afirma. 

Os exames são a colonoscopia (equipamento com câmera que capta imagens do intestino), retossigmoidoscopia (visualiza somente segmento específico do intestinto) e pesquisa de sangue oculto nas fezes, conforme explicação do médico. “Qualquer um desses exames podem ser feitos porque têm periodicidade diferente”, diz. 

A colonoscopia é a principal forma de prevenção de câncer colorretal. Isso porque ela identifica pólipos, formações parecidas com verrugas na parede do intestino, que podem se tornar tumores malignos ao longo do tempo. Estima-se que um pólipo leve de 5 a 10 anos para se tornar maligno. Os pólipos de até 2 cm podem ser retirados durante o próprio exame, segundo o gastroenterologista e endoscopista Rodrigo Rodrigues, do laboratório Fleury Medicina e Saúde, em entrevista ao R7.

Pessoas que possuem parentes de primeiro ou segundo grau diagnosticadas com o câncer devem fazer o exame a depender da idade em que o tumor foi diagnosticado no parente. “São 10 anos antes. Se o pai descobriu o câncer com 45 anos, o filho deve fazer a colonoscopia com 35”, explica o endoscopista.

Arte/R7

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