Vacina da Pfizer foi a primeira a receber o registro definitivo concedido pela Anvisa no Brasil
Thomas Kienzle/AFP – 27.12.2020
A Pfizer anunciou que em setembro deve solicitar junto à FDA (Food and Drug Administration), agência sanitária dos Estados Unidos, a liberação emergencial para que sua vacina contra a covid-19 seja aplicada em crianças de 2 a 11 anos no país. O comunicado foi feito na terça-feira (4) durante conferência com analistas de Wall Street.
Testes da vacina nesta faixa etária começaram a ser feitos em março deste ano. A empresa já comprovou que o imunizante é seguro para pessoas de 12 a 15 anos, e aguarda a liberação de emergência para aplicar o imunizante em pessoas desta idade no país; resposta da agência norte-americana está prevista para o início da próxima semana.
Além disso, a Pfizer também afirmou que espera concluir, no início de agosto, os ensaios clínicos sobre a segurança do imunizante em mulheres grávidas.
No Brasil, o a vacina foi a primeira a obter, no dia 23 de fevereiro, o registro definitivo concedido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No entanto, a vacina só começou a ser aplicada no país nesta semana, depois que o primeiro lote com 1 milhão de doses chegou no dia 29 de abril.
A maior parte do lote comprado pelo governo federal será entregue somente no terceiro trimestre de 2021. Serão 84 milhões de doses neste período, segundo cronograma do Ministério da Saúde. Em maio, o país deve receber mais 2,5 milhões, e em junho, outras 12 milhões.
A vacina da Pfizer, desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, é aplicada em duas doses, com intervalo de três semanas entre elas, e foi a primeira aprovada para uso em países do Ocidente (Reino Unido), estando entre os imunizantes com a maior taxa de proteção contra a covid-19, com eficácia global de 95%.
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