Vila Cottolengo atende a 321 pessoas com deficiência
Divulgação/Vila Cottolengo
A Vila Cottolengo informou nesta quarta-feira (14) que três dos quatro pacientes da instituição que estão internados no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) tiveram resultado positivo para H1N1.
Segundo a Vila, eles estão isolados na unidade de saúde e recebendo os tratamentos necessários. “O estado de saúde deles é grave, porém regular”, diz o comunicado.
Oitos internos da Vila São Cottolengo morreram após um surto de H1N1 no local. Sete pacientes morreram em um intervalo de nove dias, a partir de 24 de fevereiro. Já a morte da oitava vítima ocorreu no último domingo (11).
A Vila São Cottolengo é um hospital filantrópico que presta assistência em tempo integral a 321 pessoas com deficiências físicas ou intelectuais e em vulnerabilidade social.
Dispõe de duas unidades com esse fim e um hospital que atende a população em geral.
As vítimas de H1N1 são internos do local e estão na faixa etária de 30 a 50 anos. O hospital ressalta que os pacientes estão dentro do grupo de risco da doença, que acomete principalmente crianças, idosos, gestantes e doentes crônicos. “Aqui na instituição os pacientes já possuem imunidade mais baixa, pois têm histórico de alguma deficiência”.
Vírus foi trazido por visitante
No último sábado (10), Hospital Vila São Cottolengo realizou uma entrevista à imprensa para informar que não á motivo para pânico na cidade, ressaltando que se trata de casos isolados.
O médico, diretor técnico do Hospital da Vila São Cottolengo, Sandro Albino afirmou que a contaminação pode ter vindo de visitantes e que todos os pacientes da Vila foram vacinados contra o H1N1 há dez meses.
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A gerente de Vigilância Epidemiológica do Estado confirma que eles já tinham sido vacinados, mas pondera que a última campanha já tem quase um ano. “O período de imunidade vai de seis a 12 meses”, explica.
Vacinação para H1N1
Segundo nota da Secretaria Municipal de Saúde, será solicitado ao governo do Estado a antecipação da campanha de vacinação contra o contra o H1N1, prevista para ocorrer de 16 de abril a 25 de maior para grupos prioritários, conforme orientação do Ministério da Saúde.
A secretaria informa que não existem outros casos de H1N1 no município no momento. “Iremos intensificar as formas de prevenção da doença, em todas as unidades básicas de saúde e na Unidade de Pronto Atendimento, bem como, junto aos colaboradores de todos os departamentos da Prefeitura, para que possam saber informar e esclarecer a população”, declarou Leonardo Izidório, diretor de Vigilância em Saúde de Trindade.
A Secretaria Estadual da Saúde de Goiás, que também acompanha o caso, informou que irá realizar tratamento dos sintomas respiratórios com fosfato de oseltamivir (Tamiflu) e aplicação de quimioprofilaxia, medida terapêutica para a prevenção da tuberculose, para todos os internos da instituição e trabalhadores com comorbidades ou fatores de risco.
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