No frio, os cuidados devem aumentar para não correr risco de contrair doenças respiratórias
Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress
O frio aumenta o risco de proliferação da covid-19 e de outras doenças respiratórias. Quando a temperatura cai, o ambiente pode se tornar propício para essa disseminação, conforme explica o pediatra infectologista Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).
“Alguns vírus têm por característica facilitar sua multiplicação em climas secos e frios. Os vírus do resfriado, da gripe e outros vírus respiratórios, em geral, tendem a essa característica, o que torna essas doenças sazonais“, afirma.
Veja também
Saúde
Estudo avalia saúde mental de pessoas entre 50 e 80 anos
Saúde
Covid-19 reativa vírus ancestral e leva a caso mais grave da doença
Saúde
Ministério da Saúde faz 2º pedido à Anvisa para importar Covaxin
Outro fator que contribui para o aumento de casos de doenças respiratórias em baixas temperaturas é que as pessoas tendem a transitar em locais fechados e com pouca ventilação.
“É uma característica de muitos vírus respiratórios. Associado ao comportamento das pessoas, que, no frio, ficam mais próximas em ambientes mais fechados e menos ventilados, leva ao aumenta do risco de doenças respiratórias. Há um pico enorme, nesses meses de frio, de consultas, diagnósticos, hospitalizações e mortes por doenças respiratórias no mundo todo“, explica.
Segundo Kfouri, em relação ao coronavírus, a pandemia deixa um grande número de pessoas suscetíveis à infecção, portanto não é possível notar um aumento de casos devido à mudança climática. Mas, ele ressalta que, assim como outras doenças respiratórias, com o passar do tempo, o coronavírus pode se tornar um vírus sazonal, cuja circulação aumenta naturalmente em determinadas épocas do ano.
Para evitar a transmissão de covid-19, assim como de outras doenças respiratórias, no frio, o médico orienta fazer o distanciamento social e o uso de máscara, dar preferência a ambientes ventilados e realizar a lavagem das mãos. Para crianças, evitar frequentar creches e berçários muito precocemente, manter o aleitamento materno e evitar exposição ao tabaco.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Deborah Giannini