Zema diz que governadores fazem orçamentos
Divulgação / Pedro Gontijo / Agência Minas
O Governo de Minas Gerais estuda a possibilidade de comprar, por conta própria, vacinas contra a covid-19.
A informação foi confirmada pelo governador Romeu Zema (Novo), durante coletiva na tarde desta terça-feira (23), na sede da ALMG (Assembleia Legislativa do Estado).
Zema sinalizou a intenção após o STF (Supremo Tribunal Federal) formar maioria para autorizar que os Estados e municípios possam negociar os imunizantes, caso o Governo Federal não cumpra com o Plano Nacional de Imunização ou não distribua uma quantidade de doses suficiente.
— O Ministério da Saúde já passou uma projeção para fornecer vacinas no mês de março. Minas Gerais e todo o Brasil deve receber em um mês quase o triplo daquilo que foi recebido no primeiro bimestre. Mesmo com esta garantia do Ministério da Saúde, nós governadores já nos reunimos e estamos orçando e vendo fornecedores no exterior para que os Estados possam comprar [vacinas]. Estamos ampliando o leque. Caso o Governo Federal não atenda adequadamente, nós teremos alternativas.
Economias da ALMG
Segundo Zema, as vacinas podem ser pagas com o dinheiro recebido da ALMG, nesta tarde. O presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus (PV), devolveu aos cofres do Estado R$ 80 milhões que a Casa economizou no orçamento de 2020.
Patrus calcula que se todo o valor for empregado na compra de imunizantes contra a covid-19, o dinheiro é suficiente para adiquirir aproximadamente 4,7 milhões de doses, o que corresponde a quase 22% da população mineira.
Romeu Zema garantiu que o recurso será aplicado na área da saúde. Parte da verba, segundo o governador, deve arcar com os custos de leitos de UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo).
— O recurso federal que já recebemos cobria somente o período do ano passado. Agora, com segunda onda [da pandemia], estamos com a demanda crescente de leitos de UTIs [Unidades de Tratamento Intensivo] e, por isto, o dinhiero vai para a saúde.