O avião da Azul Linhas Aéreas que irá buscar, na Índia, 2 milhões de doses da vacina contra a covid-19 produzida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, é visto no Aeroporto Internacional do Recife/Gilberto Freire, em Pernambuco, na noite desta quinta-feira
BOBBY FABISAK/JC IMAGEM/ESTADÃO CONTEÚDO – 14.01.2021
Depois de o porta-voz do governo da Índia deixar como dúvida o envio de vacinas contra a covid-19 para o Brasil, fonte ligada ao ministro da Saúde Eduardo Pazuello confirmou que a operação para buscar 2 milhões de doses em Mumbai está mantida. O avião da Azul partirá às 23h desta sexta-feira (15) do Recife para a Índia.
Na noite desta quinta-feira (15), perguntado sobre as declarações do governo brasileiro, o porta-voz Anurag Srivastava, do Ministério das Relações Exteriores da Índia disse que “é muito cedo para fazer comentários específicos sobre a exportação da vacina contra covid-19 da Índia para outros países, porque nós ainda estamos na fase de produção e distribuição domésticas e avaliando nossas necessidades aqui”.
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O lote de 2 milhões de doses da vacina indiana foi comprado pelo governo brasileiro de um fabricante privado, a AstraZeneca, sem relação com o governo daquele país.
Os únicos trâmites burocráticos em andamento dizem respeito à operação de exportação. Eles seguem o rito normal e estão sendo tratados pela equipe de comércio exterior.
A aeronave da Azul embarcará do Recife com de 11 a 13 tripulantes – somente pessoal da empresa, como pilotos e apoio. O chefe da missão à bordo do vôo da Azul é um dos CEOs da companhia. A volta ao Brasil com o lote de 2 milhões de doses da vacina deve acontecer no domingo (17) com a chegada do avião ao Rio de Janeiro.
As vacinas virão prontas para serem aplicadas. Elas não precisam ser envasadas no Brasil. Elas ficarão armazenadas no Rio de Janeiro, onde a Fiocruz tem sua sede. E a gestão da distribuição ocorrerá a partir do Rio.