Guedes defende aumento de comércio com a Índia
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Em um dia de participação em vários eventos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que já está na hora de o Congresso Nacional aprovar as reformas que estão na Câmara e no Senado e prometeu ir ao ataque por elas e pelas privatizações até o fim do governo.
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“Agora com a covid descendo, a economia voltando, está na hora de novo [de retomar as reformas econômicas]”, disse em evento do ICC Brazil, neste segunda-feira (23).
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“Dedicamos esse primeiro ano e meio para atacar as grandes despesas do governo. Jogamos na defesa. O segundo ano, e os próximos dois, vamos para o ataque. Vamos para as privatizações, com abertura, com simplificação, reforma tributária…”
Guedes voltou a dizer que há um acordo de centro-esquerda no Congresso que impede que avancem as desestatizações. E mais: “Tem ministro que gosta de empresa que está embaixo do ministério dele”, comentou.
De acordo com ele, sua equipe tem feito grandes avanços para modernizar a economia nacional , mas pediu apoio de entidades como o ICC na divulgação dessas boas práticas.
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Guedes voltou a falar que há “falsas narrativas” que atribuem ao governo falta de planejamento e ação em situações como a pandemia. E também criticou as críticas às políticas ambientais da gestão de Bolsonaro.
Ao falar sobre as reformas que espera tocar em 2021 citou a lei das falências. Para ele, é necessário modernizá-la para permitir que empresários com problemas de caixa, por exemplo, possam continuar investindo. Nesse momento, cometeu uma gafe ao chamar Donald Trump de ex-presidente dos Estados Unidos. O governo de Jair Bolsonaro não reconhece a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais daquele país.
Ele mencionou Trump como um exemplo de empreendedor que conseguiu construir um império econômico mesmo com a falência de algumas de suas empresas.
Ao responder a uma pergunta de um dos integrantes do ICC, entidade voltada para o comércio exterior, o ministro afirmou que um dos objetivo do governo federal, em médio prazo, é transformar a Índia em um parceiro comercial tão importante quanto a China. “Vamos levar de 2, 3 bilhoes de dólares por ano para 100 bilhões com a índia”, apostou alto.
Ele também afirmou que o Brasil, na atual administração, avançou em acordos e temas parados há muito anos, como com a União Europeia, a reforma da Previdência, leilões de petróleo, além de ter entregue a reforma administrativa e o pacto federativo. “Acho que ninguém entregou tanto em tão pouco tempo.”
Em sua visão, as grandes reformas econômicas só não saíram este ano por causa da pandemia e por causa do “time [tempo] político”, que define quando se pode tocar em assuntos mais sensíveis ao país.