País aguarda a conclusão da investigação da Agência Europeia de Medicamentos
EFE/EPA/ZURAB KURTSIKIDZE
O governo da Holanda decidiu nesta sexta-feira (2) que pessoas com menos de 60 anos não vão receber a vacina de Oxford contra a covid-19 nos próximos dias, enquanto é aguardada a conclusão de uma investigação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) sobre casos de coagulação sanguínea detectados após a vacinação.
Em carta ao Parlamento holandês, o ministro da Saúde em exercício, Hugo de Jonge, explicou que a decisão é motivada por possíveis problemas de coagulação que podem estar ligados à vacinação com o imunizante de Oxford. A situação está sendo investigada pelo comitê de segurança da EMA.
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“A questão crucial continua sendo se estas são reclamações pós ou pré-vacinação. Penso que é muito importante que os casos holandeses também sejam devidamente investigados. Devemos pecar pelo excesso de precaução. É prudente pressionar o botão de pausa como precaução”, disse De Jonge.
O departamento holandês que monitora efeitos colaterais de medicamentos (Lareb) informou hoje que recebeu cinco relatos de mulheres de 25 a 65 anos que desenvolveram trombose em combinação com um número reduzido de plaquetas. Uma delas morreu após desenvolver uma embolia pulmonar extensa dentro de dez dias após a vacinação com o imunizante de Oxford.
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A Holanda injetou até agora cerca de 400 mil doses dessa vacina. Ainda não há evidências claras ligando a morte relatada e os casos de trombose à vacinação.
A EMA reiterou em várias ocasiões que ainda não vê uma ligação direta entre a vacina de Oxford e os casos de trombose, embora não exclua essa possibilidade.
A Alemanha decidiu na última quarta-feira aplicar a vacina de Oxford apenas em pessoas com mais de 60 anos de idade, devido ao risco de que a trombose seja um efeito colateral da vacinação em pessoas mais jovens. Já o Canadá adotou como idade mínima 55 anos para a aplicação do imunizante.