Itália exigira passe sanitário de passageiros do transporte público e de profissionais da educação
Yara Nardi/Reuters – 14.4.2021
O governo italiano decretou nesta quinta-feira (5) o passaporte sanitário obrigatório para passageiros de transporte público — incluindo voos domésticos, balsas e trens de longa distância —, professores e outros funcionários da educação. Aqueles que não o tiverem por cinco dias consecutivos serão suspensos e terão seus salários congelados, segundo a mídia italiana. Estudantes universitários também precisarão apresentar o documento.
O chamado Green Pass, uma extensão do certificado digital covid-19 da União Europeia, será exigido a partir de sexta-feira (6) para entrar em cinemas, museus e instalações esportivas cobertas, ou para comer em restaurantes fechados.
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O certificado sanitário atesta que os portadores foram vacinados com pelo menos uma dose, se recuperaram da covid-19 nos últimos seis meses ou tiveram resultado negativo nas 48 horas anteriores.
O ministro da Educação, Patrizio Bianchi, disse em uma entrevista coletiva que mais de 86% dos funcionários da escola foram vacinados e que o número pode chegar a 90%.
O ministro da Saúde, Roberto Speranza, por sua vez, fez um apelo às famílias para que vacinem as crianças maiores de 12 anos e disse que os adolescentes terão acesso a testes rápidos para detecção do covid-19 a um preço reduzido.
O Green Pass também será obrigatório em voos domésticos, trens e alguns serviços de balsa a partir de 1º de setembro.
A Itália foi o primeiro país da Europa a obrigar médicos e profissionais de saúde dos setores público e privado a se vacinarem.