Diogo antes do
show no Rio de Janeiro
Reprodução/Instagram/@diogonogueira_oficial

Lesão no tendão de Aquiles, como ocorreu com o cantor Diogo Nogueira, 40, é frequente em “atletas de final de semana”, segundo o ortopedista Alexandre Stivanin, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

“É muito comum essa lesão entre 30 e 50 anos na prática de recreação, porque as pessoas não têm condicionamento físico suficiente e exigem muito do corpo para determinada função e o corpo não está preparado, fragilizando e levando ao rompimento”, explica.

“O futebol é um esporte de muito impacto, tem o salto. Além disso, pode ter algum trauma, como chute na região do calcanhar, que pode acertar diretamente o tendão”, completa. 

O sambista teve uma lesão no tendão de Aquiles jogando futebol. Ele se apresentou em um show na última sexta-feira (17), no Rio de Janeiro, usando bengala e bota ortopédica.”Tive um probleminha recentemente. Coisas que acontecem, coisas de jogador, né? Mas estou aqui para cantar pra vocês. Trazer felicidade. E quero agradecer a presença e apoio de todos”, disse.

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O tendão de Aquiles prende o músculo da panturrilha ao osso do calcanhar. As rupturas ocorrem quando um movimento empurra os dedos para cima (no sentido da canela) com muita força ou ao correr ou pular, segundo o Manual Merck de medicina.   

Rupturas no tendão de Aquiles são comuns e podem ser parciais ou totais. “Quando o tendão calcâneo se rompe, as pessoas sentem como se tivessem levado um chute atrás do tornozelo e, às vezes, ouvem um estalo. A panturrilha fica muito dolorida e caminhar é difícil, principalmente se a ruptura for completa. A panturrilha pode ficar inchada e com hematomas”, ainda de acordo com o manual.

“A diferença entre lesão e fratura é que a fratura leva a uma deformidade e causa muita dor. E a lesão usualmente consta como instabilidade, ela falha. Às vezes a pessoa nem percebe, mas quando vai precisar do movimento, sente um tipo de falseio”, afirma o médico. 

Segundo ele, se for uma ruptura parcial ou se o processo ainda estiver em estado inflamatório, poderá ser tratado de forma conservadora. Isso consiste em uso de anti-inflamatórios e imobilização e, posteriormente fisioterapia. A imobilização dura de três a quatro semanas, destaca o ortopedista. 

Stivanin explica que o tratamento nessa faixa etária costuma ser cirúrgico e a recuperação é de 100%. “Quanto mais rápido e precoce fizer esse procedimento, menos encurtamento do tendão e do músculo haverá, ou seja, mais fácil será a recuperação”. No caso de cirurgia, a função do tendão é reestabelecida em cerca de 4 meses, de acordo com o médico. 

Além da prática esportiva, outros fatores podem levar à lesão do tendão. “As causas mais comuns são microtraumas de repetição, tendinite, obesidade, diabetes e outras alterações endócrinas”, finaliza.

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