Opas alerta para risco de novas ondas no continente
Adek Berry/AFP – 29.3.2022
A Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) informou nesta quarta-feira (6) que 240 milhões de pessoas não foram imunizadas contra a Covid-19 nas Américas, onde os casos e mortes por coronavírus diminuíram, mas ainda há o risco de novas ondas.
Mais de 685 milhões de pessoas da região completaram o esquema de vacinação e 50 países e territórios já começaram a administrar doses de reforço, que são fundamentais para as pessoas com maior risco de desenvolver uma forma grave da doença, informou a diretora da Opas, Carissa Etienne, em coletiva de imprensa virtual.
“Contudo, as lacunas que ainda existem manterão nossa região em risco durante futuras ondas”, já que “240 milhões de pessoas nas Américas ainda não receberam uma única dose da vacina”, afirmou Etienne.
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Nas últimas semanas, os casos e mortes por Covid-19 diminuíram na maioria dos países e territórios das Américas, mas ainda continuam sendo registrados mais de 620 mil novos casos a cada semana e, em alguns lugares, os contágios voltaram a aumentar, como no Canadá e no Caribe.
Esses aumentos acontecem poucas semanas depois de crescimentos repentinos na Europa e no leste da Ásia, à medida que se propaga a BA.2, subvariante da Ômicron, que já foi detectada em 8,7% das sequências realizadas na América do Sul.
A circulação da Ômicron promove novas ondas de Covid-19 devido, entre outros motivos, ao aumento do turismo e das viagens “e ao relaxamento das medidas de saúde pública”, em alguns casos “de forma prematura”, alerta Etienne.
Além da vacinação, a diretora da Opas adverte que os países devem seguir monitorando o vírus para rastrear a propagação.
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Mudar a estratégia de testes como estão fazendo alguns países “dificulta a obtenção de uma imagem completa da BA.2”, afirma Etienne, que, além disso, recomenda que sejam tomadas decisões baseadas “nos dados”.
À medida que as restrições de viagem foram reduzidas, os casos aumentaram em lugares que dependem do turismo, especialmente em partes da América do Norte e do Caribe, onde a cobertura vacinal é baixa, por isso “é importante seguir confiando nos dados” e ajustar as estratégias, conclui.