SP alega ter recebido lote menor de doses da Pfizer
Sean Rayford / Getty Images via AFP – Arquivo
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o secretário de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, se reuniram nesta sexta-feira (6), em Brasília, para apurar as divergências sobre as doses recebidas pelo estado na distribuição de vacinas desta semana.
Na quarta-feira (4), o governo de São Paulo oficiou o ministério questionando o lote de doses da Pfizer recebido, que, segundo a administração paulista, seria menor do que o número ao qual o estado teria direito. Com a redução, a vacinação de adolescentes foi adiada no estado.
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Em entrevista a jornalistas após o encontro, o ministro e o secretário informaram que as equipes técnicas dos governos federal e paulista vão avaliar o cálculo de distribuição de vacinas a São Paulo para averiguar se há necessidade de compensação de um ente federado a outro.
Marcelo Queiroga pontuou que, pelo fato do governo de São Paulo ter acessado lotes de Coronavac do Instituto Butantan sem passar pelo centro de distribuição do Ministério, o estado poderia estar como “devedor” ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
“Lá atrás estava sendo entendido que as vacinas do Instituto Butantan não precisavam ir para o centro de logística para depois ir para o estado de são Paulo. Ia ser forma direta. Em função disso aponta-se que já há uma recepção maior de doses para o estado de São Paulo”, argumentou o titular do ministério da Saúde.
Na quarta-feira (4), gestores do Ministério da Saúde já haviam justificado o envio menor por uma “compensação” que teria afetado, para menos, a quantidade de doses enviada ao estado de São Paulo.
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Jean Gorinchteyn disse que o governo paulista foi pego de surpresa com o quantitativo enviado. Ele defendeu que, caso os números confirmem a indicação do ministério de que São Paulo estaria “devendo ao PNI”, a compensação seja feita de forma escalonada.
“Se estes dados estiverem reais e efetivos possa haver um desconto gradual, não tão abrupto como o que ocorreu para que não tenhamos nenhum prejuízo, especialmente em grupos como adolescentes como comorbidades”, disse.