Hospitais de todo o país operam com baixa disponibilidade de remédios para manter intubação
Amanda Perobelli/Reuters – 08.04.2021
O Ministério da Saúde vai fazer um pregão nacional e internacional sem fixação de preços para tentar normalizar os estoques de medicamentos usados na intubação de pacientes nas unidades de terapia intensiva. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (21) pelo ministro Marcelo Queiroga.
Ele salientou que a pasta já atuou junto à Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), braço da OMS (Organização Mundial da Saúde) no continente, para comprar os insumos do chamado kit intubação, mas não chegariam a tempo da necessidade imposta hoje.
“Demora, no mínimo, cerca de 40 dias para chegar, o que, em tese, é insuficiente para atender à demanda momentânea.”
O ministro ainda apelou às doações, lembrando que a mineradora Vale já doou 2 milhões de itens do kit intubação (analgésicos, sedativos e bloequeadores neuromusculares).
“A Espanha vai doar 80 mil itens desse kit de intubação com previsão de chegada na próxima semana”, revelou.
Na avaliação de Queiroga, o cenário é de tendência de estabilização das internações e óbitos, ainda que em um patamar elevado.
“A fase mais crítica em relação a kits de intubação e à questão do oxigênio, nós estamos muito próximo de vencer.”
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