John e Susan Cooper morreram em poucas horas em resort no Egito
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A morte misteriosa de um casal de turistas britânicos no Egito, em 21 de agosto, que levou à evacuação de 301 hóspedes de um resort de luxo em Hugharda, próximo ao Mar Vermelho, foi descoberta, teve sua causa descoberta, segundo o governo do país. No entanto, a filha que acompanhava os pais na viagem não está convencida.
O governo egípcio, que incialmente tinha afirmado que o casal havia morrido de “insuficiência cardíaca”, divulgou na última quarta-feira (12), por meio do Ministério Público, que John Cooper, 69, e Susan Cooper, 63, morreram em decorrência de infecção provocada pela bactéria E.coli (Escherichia Coli).
Segundo o jornal britânico The Times, um investigador internacional teria duvidado do resultado do relatório do governo egípcio, afirmando ser uma causa de morte altamente improvável. A filha do casal, Kelly Ormerod, 40, também afirmou não acreditar nesta conclusão. “Eu não acredito por um minuto nesta causa de morte. É inédito alguém morrer tão rapidamente de E. coli ”.
Seus pais morreram em questão de horas. Ela também passou mal, com náusea e diarreia, mas após sair para caminhar, se recuperou naturalmente. Assim que voltou ao hotel, encontrou os pais mortos. Na ocasião, disse à Reuters acreditar que eles teriam morrido por um defeito no ar-condicionado.
A Thomas Cook, operadora de turismo que levou os britânicos ao resort, enviou especialistas próprios para verificar a segurança dos alimentos, da água e do ar-condicionado do hotel. Segundo o jornal britânico Independent, a empresa afirmou que testes sobre os padrões de higiene identificaram alto nível de bactérias E. coli e Staphylococcus.
Porém, a empresa não foi autorizada a entrar no quarto onde casal morreu, pois o local foi lacrado pelas autoridades egípcias.
Na ocasião da morte do casal, a operadora de turismo relatou que recebeu queixas de clientes com problemas de saúde, como diarreia e vômito. A suspeita era de intoxicação alimentar.
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Neste relatório mais recente, o promotor-geral Nabil Sadek afirmou que John já sofria de problemas de saúde, mas a E-coli teria causado a morte. Já sua esposa Susan morreu de síndrome hemolítico-urêmica, doença que causa insuficiência renal, anemia e lesões nos vasos sanguíneos, também provocada pela bactéria.
Sadek disse que os corpos do casal não apresentavam “nenhuma violência criminal” e que testes realizados na água e no ar-condicionado do hotel não detectaram nada incomum.
E. coli é um tipo de bactéria encontrada no próprio intestino humano e de outros mamíferos. Embora a maioria das cepas seja inofensiva, algumas podem causar doenças que são transmitidas por meio de água e alimentos contaminados como carne bovina malcozida, leite cru, queijos moles feitos com leite cru, frutas e legumes crus.
A maioria das pessoas apresenta sintomas como cólica e diarreia e se recupera em torno de 10 dias. O tratamento é feito à base de antibióticos.
Mas um tipo da bactéria conhecido como E. coli O157: H7 produz uma toxina chamada Shiga que destrói as células vermelhas do sangue, provocando insuficiência renal e diarreia hemorrágica.