<img src=’https://img.r7.com/images/calor-dia-mes-mais-quente-mudancas-climaticas-15112023211044122′ /><br />
O calor extremo pode matar cerca de cinco vezes mais pessoas até 2050, segundo um alerta feito por cientistas em um relatório publicado nesta quarta-feira (15).
Veja também
Tecnologia e Ciência
Calor extremo, radiação e falta de comida: como será o fim do mundo previsto em estudo científico
Tecnologia e Ciência
Derretimento de plataformas de gelo da Groenlândia representa risco ‘dramático’
Tecnologia e Ciência
Concentração de gases do efeito estufa na atmosfera bateu recorde em 2022, alerta ONU
"A saúde da humanidade está em grave perigo", afirmam os autores da edição de 2023 do documento de referência publicado anualmente pela revista médica The Lancet.
• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo Telegram
• Assine a newsletter R7 em Ponto
O trabalho afirma que, em um cenário de aumento médio da temperatura de 2 °C na comparação com o período pré-industrial até o fim do século, o número de mortes vinculadas ao calor pode aumentar cerca de 4,7 vezes até 2050.
Calor extremo deve matar quase cinco vezes mais em algumas décadas
Jon Nazca/REUTERS/File Photo – 09.08.2023
O relatório é publicado a poucos dias do início da reunião da ONU sobre o clima, a COP28 de Dubai, marcada para 30 de novembro, que pela primeira vez terá sessões dedicadas à saúde.
A análise ressalta que, em média, os habitantes do planeta foram expostos a 86 dias de temperaturas potencialmente fatais em 2022.
Também sugere que o número de pessoas com mais de 65 anos que faleceram vítimas do calor aumentou 85% entre os períodos de 1991-2000 e de 2013-2022.
Ano mais quente
Segundo as estimativas, 2023 será o ano mais quente registrado na história da humanidade.
"Os efeitos observados atualmente podem ser apenas um sintoma precoce de um futuro muito perigoso", disse Marina Romanello, diretora-executiva do estudo.
No documento, os cientistas ressaltam que o calor é apenas um dos fatores climáticos que podem contribuir para o aumento da mortalidade.
Quase 520 milhões de pessoas a mais enfrentarão uma situação de insegurança alimentar moderada ou grave até a metade do século, segundo as projeções.
E as doenças infecciosas transmitidas por mosquitos devem continuar em propagação. A transmissão da dengue, por exemplo, pode registrar alta de 36%.
Diante dos muitos impactos, mais de 25% das cidades analisadas pelos cientistas podem ver seus sistemas de saúde em colapso.
Leia também
A água do rio Nilo ficou vermelha recentemente?
‘Se nada for feito, iremos pelo pior caminho possível’, diz especialista sobre aumento de temperatura
Ano de 2023 se alinha como o mais quente já registrado e 2024 será ainda pior, avaliam especialistas
O secretário-geral da ONU, António Guterres, comentou o relatório e afirmou que "a humanidade enfrenta um futuro intolerável".
"Já estamos vendo a catástrofe acontecendo para a saúde e a subsistência de bilhões de pessoas ao redor do mundo, ameaçadas por ondas de calor recordes, secas devastadoras para as colheitas, níveis crescentes de fome, surtos crescentes de doenças infecciosas, tempestades e inundações fatais", afirmou em um comunicado.
Chamas, calor extremo e enchentes assolam 2023, que caminha para se tornar ano mais quente da história