Vários municípios já estão com campanhas de vacinação de adolescentes em andamento
EVANDRO LEAL/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

A Nota Técnica da Secovid (Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19) do Ministério da Saúde que recomenda a vacinação somente de adolescentes com comorbidades pegou gestores municipais “de surpresa” e foi “unilateral”, afirmou o presidente do Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), Wilames Freire, ao R7 nesta quinta-feira (16).

“Nós não participamos da construção da nota, fomos pegos de surpresa e estamos nos cercando também de orientações técnicas para poder nos posicionarmos.”

O documento, assinado pela secretária Rosana Leite de Melo, diz que o órgão “revisou a recomendação para imunização contra COVID-19 em adolescentes de 12 a 17 anos, restringindo o seu emprego somente aos adolescentes de 12 a 17 anos que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade, apesar da autorização pela Anvisa do uso da Vacina Cominarty (Pfizer/Biontech)”.

O Conasems fez uma consulta, nesta manhã, à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre o tema e participará de uma reunião às 14h com a Câmara Técnica Assessora do PNI (Programa Nacional de Imunizações) ” para poder realmente ter um posicionamento definitivo”, acrescentou Freire.

“Temos milhares de municípios que estão vacinando e que já vacinaram [adolescentes]. De fato, já temos essa campanha praticamente consolidada no Brasil. Nos estranha [a nota], mas vamos estar atentos e seguir aquilo que o comitê científico nos orientar.”

As prefeituras de Salvador e Natal, por exemplo, suspenderam a vacinação de adolescentes nesta quinta-feira por precaução.

Em Natal, a Secretaria Municipal de Saúde disse que tomou conhecimento da Nota Técnica e não iniciou a campanha para este público, prevista para hoje, até checar se a informação era procedente.

Em ofício enviado ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) defende a vacinação dos adolescentes sem comorbidades somente após o reforço em todos os idosos acima de 60 anos e a aplicação da terceira dose em pessoas com comprometimento da resposta imune.

“Havendo quantitativo de doses suficientes para atender a estas prioridades deve imediatamente ser iniciada a vacinação dos demais adolescentes”, diz o conselho em nota.

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