Marcelo teve um espasmo na coluna na partida Brasil x Sérvia na última quarta
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Em 15 dias de competição, a Copa da Rússia contabiliza 37 lesões em jogadores, de acordo com o ortopedista Carlos Andreolli, professor da Escola Paulista de Medicina (Unifesp).

Neste Mundial, a maior incidência tem sido de lesões musculares, traumas de cabeça e ferimentos (cortes), segundo ele. “Tem sido uma disputa alta, tanto que a Fifa proibiu que usasse braço levantado”, afirma.

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Em relação à seleção brasileira, que conta com quatro atletas lesionados – Renato Augusto, Douglas Costa, Danilo e Marcelo -, o ortopedista afirma que as lesões estão dentro da média das Copas e que não estariam relacionadas a excesso de treino.

“Acredito que a causa seja multifatorial. O jogo está mais intenso, a Copa acontece no fim da temporada de campeonatos, quando os jogadores estão mais desgastados, e há a questão emocional, que é preponderante”, afirma.

“No futebol, a principal lesão que existe é a muscular. Como é mais prevalente, acaba aparecendo mais, por isso essa impressão de que há uma epidemia. Mas não há. A principal causa de afastamento de atleta é a lesão muscular”, completa.

Ele explica que o número de lesões na Copa da Rússia está abaixo da média e vem diminuindo ao longo dos Mundiais. Na Copa do Japão (2002), foram 171; na Copa da Alemanha (2006), 145; na Copa da África do Sul (2010), 125; e na Copa do Brasil (2014), 104.

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Em 2014, foram 1,68 lesões por partida, segundo o professor. “A tendência é que a cada Copa o número diminua. Há cerca de dez anos, a Fifa criou um programa de prevenção de lesões, o Fifa 11, que está contribuindo para isso. É um trabalho a longo prazo”.

A Unifesp, em São Paulo, abriga um dos dois Centros Médicos de Excelência da Fifa no Brasil – o outro é na USP –, que divulga e desenvolve projetos da entidade.

O ortopedista explica que, entre os jogadores da seleção brasileira lesionados, pelo tipo de problema – contratura muscular –, o lateral-esquerdo Marcelo é o que deve se recuperar mais rapidamente.

“A lombar é fundamental para o equilíbrio do chute, é o chamado ‘core’ do atleta. Portanto, o equilíbrio muscular dessa região é importante. Mas, como foi uma contratura e não uma ruptura muscular, por meio de fisioterapia intensiva, analgesia e relaxamento, a recuperação é rápida, em torno de três a cinco dias”, explica.

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