Cerca de 85% de pessoas que cuidam de familiares relataram sintomas
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Pais de crianças com menos de 18 anos e cuidadores não remunerados de adultos tiveram mais problemas de saúde mental do que pessoas fora desses papéis durante a pandemia. Isso é o que apontou um relatório do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), do governo dos Estados Unidos.
Mais de 10 mil pessoas participaram do estudo. A condição de saúde mental foi analisada em dois períodos, entre 6 e 27 de dezembro de 2020 e entre 16 fevereiro e 8 de março deste ano. A pesquisa foi baseada em entrevistas e dados online e incluiu triagem para depressão, ansiedade, trauma de covid-19 e transtornos relacionados ao estresse.
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Cerca de 70% dos pais e 85% dos cuidadores com esse perfil relataram sintomas relacionados a problemas de saúde mental. Os pesquisadores observaram que pais e cuidadores que exerciam ambas funções, além de apresentarem um impacto maior na saúde mental que os demais, tinham cinco vezes mais chance de ter sintomas relacionados à questões da saúde mental. Já pessoas nessas funções que contavam com a ajuda de alguém apresentavam menos riscos de desenvolverem esses sintomas.
O estudo também revelou que pais e cuidadores tinham oito vezes mais probabilidade de ter considerado o suicídio do que os demais. Sem dados anteriores ao período pandêmico, os pesquisadores ressaltam que não é possível afirmar que os problemas de saúde mental surgiram na pandemia. “Não se sabe se os sintomas adversos de saúde mental foram causados ou agravados pela pandemia”, aponta a pesquisa.