Paulistanos ainda temem retorno às aulas devido à pandemia, diz pesquisa
Kaique Dalapola/R7

A pesquisa “Viver em São Paulo — Saúde e Educação”, da Rede Nossa São Paulo, publicada na manhã desta terça-feira (25), indica que 86% dos paulistanos acreditam que o risco de contágio com coronavírus nas escolas da capital paulista ainda é muito alto.

Essa opinião foi dada ao serem questionados sobre a retomada das aulas presencias nas escolas de São Paulo. O número considera as pessoas que responderam que concordam totalmente ou parcialmente com a afirmação.

Para o coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, Jorge Abrahão, esse número elevado e destaca que pode ser resultado do “contexto que estamos vivendo, que o medo é uma marca da pesquisa”.

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Segundo Abrahão, “esse medo se espalha para diferentes áreas, incluindo a educação, que não fez medidas de enfrentamento à pandemia, como a vacinação de profissionais, mudanças nas estruturas das escolas, higiene, não houve esse avanço na cidade”.

A pesquisa também aponta que 81% dos entrevistados consideram que as escolas não têm estrutura para garantir que as crianças e os profissionais da educação não sejam contaminados durante as aulas presenciais.

Os entrevistados também opinaram sobre o fechamento das escolas paulistas, e 64% disseram que a medida foi adequada. Abrahão acredita que o número de pessoas que aprovaram o fechamento das escolas como medida de combate à covid-19 é porque “não temos uma melhoria razoável na sociedade” com relação aos números de casos e mortes na pandemia.

Conforme o estudo, 59% dos paulistanos acreditam que é inadequada a retomada das aulas presenciais nas creches e escolas da cidade de São Paulo. Outros 33% avaliam que as aulas já podem voltar, e 8% não sabem.

A pesquisa realizou 800 entrevistas online com moradores da cidade de São Paulo, com idades a partir de 16 anos, entre os dias entre os dias 12 e 29 de abril deste ano. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Desses entrevistados, 34% disseram que têm criança ou adolescente de 0 a 18 anos matriculados em creches ou escolas em São Paulo. 

Segundo a Rede Nossa São Paulo, 54% dos entrevistados são do sexo feminino. Com relação a idade, 16% tinha entre 16 e 24 anos, 18% com idade entre 25 e 34 anos, 19% de 35 a 44 anos, além de 17% de pessoas entre 45 e 54 anos e outros 29% dos entrevistados tinham 55 anos ou mais.

A maior parte (43%) tem a renda familiar de até dois salários mínimos. Os entrevistados com renda familiar superior a cinco salários mínimos correspondem a 19% do total, e 22% têm a renda de 2 a 5 salários mínimos. Outros 16% não responderam. O grau de escolaridade de 37% é o ensino médio, outros 35% com ensino superior, e 28% dos entrevistados disseram que cursaram somente o ensino fundamental.

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