Bares e restaurantes já podem receber frequentadores em Portugal com desconfinamento
Andrea Caballero de Mingo / EFE

Portugal entrou neste fim de semana na fase final do plano para o fim do confinamento, mas até que os turistas estrangeiros retornem ao país muitos temem uma segunda temporada de prejuízos no verão.

“Tenho a sensação de começar do zero”, afirma Judite Gomes, que não reabriu imediatamente o seu restaurante em Alfama, bairro mais emblemático da parte antiga de Lisboa.

Como “no início serão poucos clientes”, a empresária, de 63 anos, prefere aguardar até segunda-feira (3) para reabrir dois dos três estabelecimentos que possui na mesma rua do bairro.

Ela decidiu começar com a abertura do restaurante de cozinha típica e a casa de fado, enquanto sua loja de artesanato permanecerá fechada.

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Com um grande molho de chaves nas mãos, ela vai de um lugar para outro, seja para limpar, arrumar as mesas ou revisar a disposição para respeitar as novas regras de distanciamento. 

Depois de ser obrigada a demitir 10 dos 13 funcionários que tinha antes da pandemia, ela agora aposta em uma clientela mais local, o que significa uma redução dos preços.

Em 2020, Portugal, onde o turismo representa mais de 10% do PIB, perdeu 75% dos turistas, quase 17 milhões dos visitantes. Apenas a cidade de Lisboa registrou perda de 76% da receita durante o ano passado.

Com o confinamento do início do ano, o número de diárias registradas nos hotéis caiu 80% no primeiro trimestre. No mesmo período, o PIB de Portugal recuou 5,4% em ritmo anual, sobretudo por causa da “importante redução do turismo estrangeiro”, anunciou na sexta-feira (30) o INE (Instituto Nacional de Estatísticas).

“O setor atravessou o período mais difícil de sua história”, afirma a Associação de Hotéis, Restaurantes e Estabelecimentos Similares de Portugal. 

A associação recebeu com satisfação a decisão do governo de iniciar no sábado (1º), dois dias antes do previsto, a última etapa do desconfinamento, em particular com a reabertura da fronteira terrestre com a Espanha ou a ampliação do horário de funcionamento de cafés e restaurantes.

“Esta decisão vai representar um novo estímulo ao setor”, completou a associação em comunicado. 

Mas as restrições de viagens para Portugal, que autoriza apenas os deslocamentos considerados “essenciais”, foram prorrogadas até meados de maio, no mínimo, anunciou o governo.

Para tentar salvar a temporada turística, Portugal, que ocupa a presidência da União Europeia, defende a rápida aprovação de um passaporte de saúde que facilite as viagens dentro da UE.

O certificado sanitário europeu, que superou uma etapa importante na quinta-feira (29) depois de ser validado pelos eurodeputados, continua em negociações, mas Bruxelas deseja que entre em vigor até o fim de junho. 

Em Alfama, o retorno dos turistas estrangeiros é crucial para empresários tradicionais e para alguns investidores, que, apesar da pandemia, decidiram prosseguir com seus projetos. 

Este é o caso de um hotel de luxo que deve ser inaugurado em junho em uma antiga mansão reformada. “Estamos convencidos de que os turistas voltarão”, declarou à AFP o diretor do empreendimento, Luis Casqueira. “Depois do período de confinamento, as pessoas desejarão viajar”.

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