Cidade de Moscou registra o maior número de casos desde janeiro deste ano
Natalia KOLESNIKOVA / AFP
O prefeito de Moscou expressou, nesta sexta-feira (11), sua preocupação com um novo aumento nos casos de covid-19 na capital russa, a alta mais acentuada desde o mês de janeiro, enquanto a campanha de vacinação avança lentamente.
“Vemos até que ponto a covid-19 está sendo agressiva e que a gravidade dos casos não diminui. Pelo contrário, piora”, declarou o primeiro prefeito de Moscou, Serguei Sobianin, no canal público Rossia-1.
“Há um grande número de moscovitas em tratamento intensivo e com respiração artificial. O perigo é real, é grande”, acrescentou. A prefeitura esperava um novo pico da epidemia entre abril e maio, mas a onda acabou chegando agora em “junho e deve se estender por julho”, completou Sobianin.
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Segundo dados oficiais, Moscou registrou 5.853 novos casos de coronavírus nesta sexta-feira, um recorde desde 14 de janeiro. Em toda a Rússia, 12.505 novas infecções foram registradas, elevando o total para mais de 5,1 milhões de casos de covid-19 desde o início da pandemia.
A prefeitura de Moscou anunciou na quarta-feira que vai reabrir os hospitais de campanha para tratar pessoas com a covid-19. Mas descartou a possibilidade de impor um novo confinamento como o da primavera (boreal) de 2020.
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No entanto, o controle sobre o uso de máscara em locais públicos será reforçado, principalmente no transporte público, indicaram as autoridades.
São Petersburgo, a segunda maior cidade do país e que a partir de 12 de junho receberá quatro partidas da Eurocopa de futebol, também admitiu que enfrenta um aumento nos casos de coronavírus.
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Desde dezembro, apenas 18 milhões de russos (cerca de 12% da população) receberam pelo menos uma dose da vacina anticovid, de acordo com a contagem do portal Gogov, que coleta dados das regiões e da mídia, na ausência de dados oficiais.
O país é um dos mais afetados pela pandemia de coronavírus, mas a população desconfia do imunizante e prefere não se vacinar.
Segundo o instituto público de estatísticas Rosstat, mais de 270 mil mortes ocorridas até o final de abril foram relacionadas ao coronavírus, ou seja, mais do que o dobro anunciado no balanço oficial das autoridades, que até aquela data registrava 125.674 mortes causadas pelo coronavírus.