Brasil tem cerca de 5,9 milhões de trabalhadores que atuam na área da saúde
Rovena Rosa/Agência Brasil – 20.01.2021

Além de toda a população acima de 50 anos, os profissionais da saúde poderão receber o segundo reforço, ou quarta dose, de vacina contra a Covid-19. As diretrizes foram oficializadas em duas notas técnicas do Ministério da Saúde publicadas na noite desta sexta-feira (3).

Segundo o documento, a injeção “deverá ser administrada quatro meses após a última dose do esquema vacinal, independentementene do imunizante aplicado”. 

A pasta também informa que as vacinas utilizadas nos reforços devem ser a da Pfizer, Janssen ou AstraZeneca/Fiocruz e contraindica a CoronaVac ao afirmar que “as plataformas de vacinas inativadas não estão recomendadas para a finalidade descrita neste documento até que tenhamos disponíveis novas evidências científicas sobre a sua efetividade como doses de reforço em pessoas com mais 50 anos ou mais e imunocomprometidos”.

Serão beneficiados, segundo a diretriz: “indivíduos que trabalham em estabelecimentos de assistência, vigilância à saúde, regulação e gestão à saúde, ou seja, que atuam em estabelecimentos de serviços de saúde, a exemplo de hospitais, clínicas, ambulatórios, unidades básicas de saúde, laboratórios, farmácias, drogarias e outros locais”.

Incluem-se médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, dentistas, agentes comunitários de saúde, profissionais de vigilância em saúde, trabalhadores de apoio em instituições de saúde, como recepcionistas, seguranças, funcionários da limpeza, cozinheiros, motoristas de ambulância, gestores, entre outros. 

O contingente de trabalhadores da saúde estimado no Brasil é de 5,89 milhões de pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde.

O estado de São Paulo já anunciou que a vacinação com a quarta dose dos maiores de 50 anos e profissionais da saúde começa na próxima segunda-feira (6). 

Aumento de casos e internações

Além da perda da imunidade conferida pela vacina com o passar dos meses, o Ministério da Saúde considerou, ao recomendar o segundo reforço para maiores de 50 anos e profissionais da saúde, o “cenário epidemiológico da pandemia da Covid-19, com elevada transmissão da doença em muitos países, com aumento de casos graves, hospitalizações e óbitos, observados principalmente em locais em que as coberturas vacinais não atingiram níveis ideais”.

O último boletim InfoGripe, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), mostra um aumento das internações por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) no Brasil.

O anúncio do segundo reforço ocorre no momento em que o país vive alta de quase 20% no número de hospitalizações por problemas respiratórios, sendo a grande maioria por Covid-19.

Dados oficiais mostram uma alta de 73% na média móvel diária de novos casos em 31 de maio (26 mil) na comparação com o início do mês.

Para o coordenador do InfoGripe, o pesquisador Marcelo Gomes, vivemos “um cenário em que corremos um risco muito grande de ter um inverno, de novo, com valores significativos de internações”.

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