O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agencia Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, visitou nesta sexta-feira (1º) a Santa Casa de Belo Horizonte, na capital mineira, onde ao menos duas pessoas morreram após um incêndio na última segunda-feira (27). O titular anunciou a liberação de R$ 10 milhões da pasta para a unidade hospitalar.
“O Ministério da Saúde vai apoiar, neste primeiro momento, com R$ 10 milhões para que nós tenhamos esses leitos rapidamente à disposição da sociedade mineira”, disse Queiroga. “Não vai ser uma tramitação demorada, então rapidamente teremos essa resposta para a Santa Casa”, prosseguiu sobre quando os recursos serão liberados, mas não especificou uma data.
O ministro visitou o espaço que foi atingido pelo fogo. “O dano foi contido pela equipe de combate ao incêndio. O problema foi localizado em uma das unidades de terapia intensiva. Esse hospital, apesar de ser antigo, tem estrutura sólida, de sorte que, com apoio que vamos dar ao hospital, rapidamente será restabelecido o atendimento”, contou.
Ao menos dois pacientes morreram após o incêndio que atingiu a Santa Casa. Segundo o hospital, as mortes não teriam sido causadas pelo fogo. Uma das suspeitas é que as vítimas tenham morrido durante o processo de esvaziamento da unidade, em razão do estado de saúde debilitado. Além disso, 26 funcionários precisaram ser hospitalizados.
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No momento do início das chamas, havia 931 pacientes internados. Todos os pacientes foram retirados do hospital. Segundo os militares do Corpo dos Bombeiros, o incêndio se iniciou no 10º andar, onde funciona a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital. A suspeita é que o incêndio tenha começado após um vazamento de oxigênio, juntamente com a pane de um equipamento.
De acordo com o diretor financeiro da instituição, Gilberto Cortês, a reconstrução do 10º andar da Santa Casa, destruído parcialmente por causa do incêndio, custará R$ 5,4 milhões.
Varíola do macaco
Atualmente, o país registra 37 casos da varíola do macaco, segundo Queiroga. “A conduta é observar, é monitorar. Já temos capacidade de fazer os exames diagnósticos em nossos laboratórios. Os casos estão sendo monitorados e felizmente são casos que evoluem de maneira favorável”, afirmou.
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Identificada pela primeira vez em macacos, a doença viral geralmente se espalha por contato próximo e ocorre sobretudo na África Ocidental e Central. Raramente avançou para outros lugares, por isso a nova onda de casos fora do continente gera preocupação. Existem duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave, com até 10% de mortalidade, e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%.
O vírus pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, bem como pelo uso de objetos compartilhados, como roupas de cama e toalhas. O período de incubação da varíola do macaco é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.