A vacina russa chegará com 10 milhões de doses ainda no primeiro trimestre
Ignacio Ortega / EFE – EPA – Arquivo
O presidente do Fundo Russo de Investimentos Diretos (FIDR), Kirill Dmitriev, anunciou nesta quarta-feira (13) que a Rússia fornecerá ao Brasil ao longo deste ano 150 milhões de doses da Sputnik V, a vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo país.
Leia também: Rússia vai pedir à Anvisa uso emergencial da vacina Sputnik V
O acordo foi firmado com o presidente da farmacêutica brasileira União Química, Fernando de Castro Marques, segundo informou o próprio fundo em redes sociais.
As primeiras 10 milhões de doses da vacina russa serão fornecidas ainda no primeiro trimestre, começando em janeiro.
O FIDR também informou que o Brasil já iniciou a produção da Sputnik V em seu território, para o qual o fundo soberano russo transferiu a tecnologia necessária, incluindo documentação e biomateriais.
Além disso, a União Química solicitará “esta semana” autorização para o “uso urgente” da vacina russa entre sua população, algo que Argentina e Bolívia já fizeram.
Veja também
Coronavírus
Vacina russa começará a ser produzida no Brasil, diz laboratório
Saúde
Rússia está pronta para teste da vacina AstraZeneca com Sputnik V
Saúde
Conheça detalhes da Sputnik V, vacina que será usada Argentina
“O FIDR e a União Química começaram a vacinar a população brasileira com a Sputnik V. Os primeiros 20 brasileiros que trabalham na embaixada (do Brasil) na Rússia já estão sendo vacinados”, afirma.
“Vários países da América Latina já estão vacinando cidadãos com a Sputnik V e esperamos que o Brasil se junte a eles nas próximas semanas”, completou Dmitriev.
A delegação da farmacêutica brasileira vai aproveitar a viagem à Rússia para visitar os centros de produção da Sputnik V.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse hoje que a vacinação contra a Covid-19 começará neste mês e informou que as primeiras duas milhões de doses da vacina da Oxford chegarão nesta semana.
A pandemia do novo coronavírus no Brasil deixou cerca de 205 mil mortos e 8,2 milhões de casos, tornando o país o terceiro do mundo em infecções, à frente da Rússia.