Desempenho da seleção russa surpreendeu os torcedores
Fabrizio Bensch/Reuters

Depois da goleada na Arábia Saudita e da vitória fácil em cima dos egípcios, o desempenho da seleção russa começa a virar alvo de suspeitas na Copa do Mundo.

A agência antidoping dos Estados Unidos (USADA) pediu para a FIFA que os atletas donos da casa passem por exames mais rigorosos.

O pedido foi feito pelo próprio chefe da agência, Travis Tygart.

Vale lembrar que, em 2016, durante a Olimpíada no Rio, a delegação russa de atletismo foi banida da competição após o Ministério do Esporte daquele país ter manipulado as amostras de urina dos atletas e fraudado os resultados.

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Como são feitos os testes
A FIFA tem uma rígida rotina de testes em todas as equipes classificadas para a Copa do Mundo. 
Durante a competição são selecionados dois jogadores de cada time para que amostras sejam colhidas após a partida. Quem já participou, anteriormente, de outros jogos oficiais da FIFA, tem o que se chama de “passaporte biológico” registrado, com todos os resultados de exames de sangue e urina.

É uma espécie de caderneta de vacinação, só que válida para o doping. Esse controle existe principalmente para tentar suspender a utilização de hormônios que induzem o aumento das células vermelhas do sangue – um dos tipos de doping que existem atualmente. Com esses registros, qualquer mudança de padrão nos exames pode ser observada.
Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Alexandre Hohl, os exames antidoping ajudam a inibir o uso de substâncias que melhoram o desempenho.

“Esse tipo de checagem é importante para evitar que eles utilizem substâncias que aumentem a performance em campo, e de maneira ilícita ganhem superioridade em rendimento, em comparação de uma seleção com a outra”, esclarece Hohl.

O endocrinologista explica que existem substâncias que podem aumentar a qualidade da massa muscular, o desempenho, o número de hemácias que circulam no sangue e com isso aprimorar o processo de oxigenação e resistência, o que pode interferir nos resultados já que o campeonato é composto por diversas partidas em sequência.

“De qualquer maneira, o exame antidoping tentar coibir o uso ilícito dessas substâncias para que, de forma mais justa, os jogadores possam competir mostrando sim o seu talento e treinamento”, destaca.
Na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, todos os resultados foram negativos.

Sobre o doping

É considerado doping o consumo de substâncias proibidas no esporte, que ajudam o atleta a ficar mais forte ou rápido na sua modalidade. Esses medicamentos auxiliam no rendimento e promovem uma vantagem competitiva desleal em relação aos outros competidores.
A maioria dessas substâncias são ingeridas continuamente por longos períodos, que podem variar de três a seis meses. Normalmente, encerra-se o uso até três semanas antes da competição, pois é o tempo ideal para o organismo eliminar qualquer resquício.

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Desta forma, o atleta faz o exame de urina antidopagem e passa ileso, como se nunca tivesse feito uso de alguma droga proibida.

Porém, para um controle mais eficiente, A FIFA costuma realizar testes surpresas nos jogadores.

As substâncias proibidas são determinadas pela Agência Mundial de Controle de Doping (WADA). A lista publicada em 2018 inclui medicamentos como os betabloqueadores, remédios que baixam a pressão sanguínea e diminuem os batimentos do coração.

Veja outras substâncias que estão nesta lista:

Estimulantes: agem no sistema nervoso e deixam o atleta mais excitado, como a cafeína.

Diuréticos: podem ser usados antes das provas para desidratar e diminuir o peso do corpo e muitas vezes são usados para mascarar outras drogas usadas pelos atletas.

Anabolizantes: são hormônios sintéticos que promovem o crescimento, podem ser usados em forma de comprimidos ou injetáveis.

Narcóticos: substâncias usadas para aliviar a dor e melhorar o desempenho, como a morfina.

Saiba quem são os artilheiros da copa até agora:

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