Branco Mello se afastou dos palcos para tratar um câncer na laringe
Reprodução/Instagram

“Firme, forte e confiante”. É assim que Branco Mello, 56, se auto-definiu em uma mensagem recentemente postada em seu Instagram, no qual informou que está na metade do tratamento contra um câncer de laringe.

Contatado pelo R7, ele informou, por meio da assessoria de imprensa, que está recluso e não concederá entrevista no momento.

O anúncio da doença foi feito no dia 2 de junho, quando o “titã” divulgou que iria se afastar dos palcos. O câncer foi descoberto precocemente.

 

 

Queridos amigos ! Essa semana cheguei na metade do tratamento. Continuo firme, forte e confiante. Agradeço a todos vcs pelas boas vibrações e tantas mensagens que tenho recebido.  Uma publicação compartilhada por brancomello (@brancomello) em 3 de Jul, 2018 às 12:01 PDT

Campanha Julho Verde

Os tumores de cabeça e pescoço são aqueles que atingem a boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago cervical, tireoide e seios paranasais.

Apenas nos casos do câncer de boca, laringe e esôfago, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê que serão confirmados 24.160 novos casos em 2018. Juntos, todos os tipos de câncer de cabeça e pescoço, os novos casos chegam a 40 mil. Isso corresponde a 4% de todos os pacientes com câncer no país.

Ainda segundo dados do Inca, apenas os cânceres de laringe e boca matam cerca de 10 mil pessoas todos os anos. Os sobreviventes enfrentam perdas significativas na qualidade de vida durante e após o tratamento.

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Para conscientizar a população sobre a importância de prevenir a doença, a Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG Brasil) realiza neste mês uma campanha nacional, o Julho Verde.

Este ano, o tema escolhido é “Toda voz merece ser ouvida” já que, na maioria dos casos, o tratamento compromete a fala do paciente.

“Nosso objetivo é alertar sobre os fatores de risco, muito presentes entre a população brasileira, e falar da importância do diagnóstico precoce. Em 60% dos casos, a doença já está mais avançada quando é descoberta”, destaca a presidente da ACBG Brasil, Melissa Medeiros.

O tabagismo é o principal fator de risco para câncer de cavidade oral
Mike Stobe/Getty Images

Fatores de risco

O principal fator de risco para os tumores da cavidade oral – tumores malignos que acometem desde o início da boca junto aos lábios, passando pela mucosa da boca e língua, indo até as amígdalas e a úvula, a famosa campainha da boca – é o tabagismo.

No caso do câncer de laringe, o tabagismo está relacionado a 97% dos diagnósticos.

O cirurgião de cabeça e pescoço Murilo Neves, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que esse risco pode ser até 10 vezes maior quando o tabagismo está associado ao consumo de bebidas alcoólicas, “principalmente as destiladas”.

De acordo com o especialista, outro fator de risco é a infecção pelo HPV, o papilomavírus humano, o mesmo que causa câncer de colo de útero nas mulheres.

“A infecção pelo HPV contribui para o aumento de casos, principalmente entre jovens porque o vírus pode ser transmitido pela prática que sexo oral sem preservativo”, explica.

Exames para prevenção do câncer de boca devem ser feitos a cada dois anos
John Moore/Getty Images

Câncer assintomático

A falta de sintomas nas fases iniciais é um dos fatores que dificultam o diagnóstico precoce. A doença pode passar completamente despercebida durante meses.

Com o desenvolvimento da doença, alguns sinais e sintomas podem aparecer, como manchas brancas na boca, dor local, lesões com sangramento ou cicatrização demorada, nódulos no pescoço, mudança na voz e rouquidão, e dificuldade para engolir.

“Pode aparecer uma pequena úlcera que não cicatriza ou uma mancha branca na mucosa da boca.  E diferentemente do que todos acham, geralmente não dói nessa fase inicial de evolução.  Apenas quando a lesão se torna muito grande é que o câncer da cavidade oral começa a ser sintomático, causando muita dor para engolir ou para abrir a boca”, explica o cirurgião.

Uma forma de prevenção são exames periódicos da cavidade oral, que devem ser feitos a cada dois anos, principalmente em tabagistas com mais de 40 anos.

“É importante lembrar que aftas ou úlceras na mucosa da boca que não cicatrizam em 10 dias devem ser examinadas por um profissional da saúde”, alerta Neves.

Segundo o especialista, nos estágios iniciais o câncer da cavidade oral é altamente tratável e “apresenta boa taxa de cura”.  Já nos estágios mais avançados, o tratamento torna-se muito complexo dificultando muito a resolução da doença.

Veja quais são os tipos de câncer mais comuns no Brasil:

 

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