Para quais doenças as
crianças estão mais suscetíveis no verão?

Segundo o pediatra Victor Nudelman, Hospital Israelita Albert Einstein, no verão, as doenças mais frequentes em
crianças são as gastrenterocolites, doenças respiratórias e infecções de pele. As
gastrenterocolites causam diarreias e vômitos e aumentam por conta da ingestão
de alimentos estragados, uso de água não tratada e por haver contato com
piscina e mar contaminados. No verão, o calor contribui para que os alimentos
estraguem mais rápido.

As gripes e doenças virais do trato respiratório também
aumentam nessa época e as infecções de pele ocorrem por conta de picadas de
insetosComo deve ser a
alimentação das crianças em dias quentes?

O pediatra recomenda refeições leves e de fácil digestão e a
constante ingestão de líquidos. Ele alerta para o cuidado com a preservação dos
alimentos, que precisam ser lavados em água corrente e limpa e conservados em
locais refrigerados. Nudelman chama atenção atenção para prazos de validade, ao
descongelar a comida e com o gelo, que pode ter sido feito com água não tratadaComo identificar
desidratação?

Os principais sintomas de desidratação são a diminuição da
urina, boca seca e pele frouxa, com menos elasticidade, como se fosse uma ameixa
seca. No caso das crianças, elas ficam sem ânimo, quentes, com muita sede e
apresentam sinais da perda de líquido, como diarreia e vômitosO que fazer em caso
de pele irritada e dermatite atópica?

No verão, o suor faz com que a criança perca a camada de
hidratante natural da pele e fique mais suscetível à irritação do calor pela
pouca capacidade de poder esfriar o local de maneira adequada. Para amenizar
isso, o ideal é utilizar mais cremes hidratantes para pele, ficar em ambientes
mais frescos e se hidratar bastante com a ingestão de líquidos.

Para aliviar a dermatite atópica, Nudelman recomenda usar
sabonetes que mantenham a hidratação da pele e tomar duchas frias ou mornas e
rápidas, pois a água quente pode ressecar ainda mais a pele, piorando o quadro
alérgico na área afetadaAs crianças podem
entrar na piscina após comer?

O médico afirma que não existe congestão e que é permitido
entrar na piscina após comer. Segundo ele, basta tomar cuidado com exageros na
quantidade de comida, pois a criança pode vomitar se comer muito e engolir
muita água da piscina ou do marComo escolher o
protetor solar?

Segundo o pediatra, é necessário estar atento à composição
do produto. O ideal é que escolher produtos com óxido de zinco e dióxido de titânio na composição e evitar os com benzofenona e octocrileno. Ele lembra que
é necessário não descuidar com a reaplicação, que precisa ser a cada duas horas
ou menos, caso a criança transpire demais ou fique muito tempo dentro da água
do mar ou piscina.

Mesmo com protetor solar, ele não recomenda a exposição
direta ao sol, pois a pele da criança é mais fina. Além disso, ele indica a
utilização de óculos, chapéus e roupas com proteção UV. “Todos são acessórios
essenciais para a proteção da criança, principalmente, as roupas de bloqueador
de raios ultravioleta que é, hoje em dia, a proteção mais alta que a criança
tem contra o sol. Se ela utilizar a roupa, é necessário apenas o uso de
protetor nas partes expostas, como pé, mão e rosto”, afirmaTomar banho de chuva
é perigoso?

O médico diz que não existe problema desde que alguns
cuidados sejam tomados. “O maior cuidado durante chuvas no verão é proteger-se
dos raios, evitando áreas abertas e com árvores”, afirma. Ele indica que poças,
goteiras e bueiros também devem ser evitados, pois são locais com pouca higiene
e aumentam a chance de contração de doenças como leptospiroseO que fazer com
queimaduras de água-viva, picadas de mosquito e água no ouvido?

Para queimaduras de água-viva o pediatra recomenda fazer uma
solução de água com vinagre branco e passar na região. Se a criança estiver com
muitas picadas, Nudelman afirma que ela deverá ser levada ao pediatra, que
indicará pomadas e antialérgicos. Para alívio da coceira, ele indica uso de
compressas frias. Caso entre água no ouvido da criança, o médico recomenda
pingar uma gota de álcool 70 graus no ouvido da criança para evaporar a água e,
depois, virar a cabeça de lado para sair o excesso de álcool que possa ter
ficado no ouvido

*Estagiária do R7 sob supervisão de Fernando Mellis

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