Vacina contra pólio tem 5 doses, as duas primeiras injetáveis e as demais, gotinhas
Agência Brasil
A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo divulgou nesta quinta-feira (23) que neste sábado (25) será realizado mais um “Dia D” da vacinação contra sarampo e poliomielite.
O objetivo é ampliar a cobertura vacinal dessas doenças. A Secretaria informa que todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) estarão abertas entre 8h e 17h.
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Além do “Dia D” no sábado, um posto volante funcionará no domingo (26), das 9h às 16h, no Conjunto Nacional, na avenida Paulista, região central.
A campanha de vacinação teve início dia 4 de agosto, dois dias antes da ação nacional, e vai até dia 31 em todo o país. O público-alvo são crianças entre 1 e 4 anos.
A Secretaria ainda informa que de segunda-feira (27) a sexta-feira (31), última semana da campanha, a vacinação será realizada nos centros de educação infantil (CEI) e escolas municipais de educação infantil (EMEI) e também em creches e escolas de ensino infantil privadas.
Segundo o órgão, as Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS) estão fazendo levantamento com as unidades de educação para solicitar autorização dos pais e responsáveis para vacinar as crianças. O levantamento vai até esta sexta-feira (24).
Até o momento a cidade de São Paulo apresenta cobertura de 59,3% para poliomielite e 58,5% para sarampo. “A ação preventiva é voltada exclusivamente para público infantil e a adesão é fundamental para reduzir o risco de reintrodução da poliomielite no Brasil assim como o de circulação de sarampo e rubéola na capital paulista”, informa a Secretaria.
A meta do Ministério da Saúde é vacinar ao menos 95% das 11,2 milhões de crianças – público-alvo da campanha- independentemente da situação vacinal, criando assim uma barreira sanitária de proteção contra a disseminação das doenças.
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A poliomielite foi erradicada no Brasil em 1989, já o sarampo havia sido eliminado em 2016, mas voltou a ser registrado este ano.
O Brasil tem 1.428 casos de sarampo, segundo o boletim divulgado nesta terça-feira (21). A maioria dos casos ocorre no Amazonas. São 1.087 confirmados e 6.693 suspeitos. Em seguida está Roraima, que também registra surto da doença, com 300 casos confirmados e 67 em investigação.
Os demais casos são considerados isolados, ou seja, importados desses Estados, e ocorrem em São Paulo (2), Rio de Janeiro (18), Rio Grande do Sul (16), Rondônia (1), Pernambuco (2) e Pará (2).
Vacina contra o sarampo tem duas doses
A vacina contra o sarampo engloba duas doses. A primeira dose é da tríplice viral, que protege também contra caxumba e rubéola e deve ser dada logo após a criança completar 1 ano. A segunda dose é a tetraviral, que inclui a proteção à varicela (a catapora), aos 15 meses (1 ano e três meses de vida).
Caso haja atraso na vacinação, crianças de até 4 anos ainda poderão receber as vacinas. Quem não foi vacinado e não teve a doença entre 5 e 29 anos de idade deve tomar duas doses da vacina tríplice viral. Pessoas não vacinadas e que também não tiveram a doença entre 30 e 49 anos devem receber apenas uma dose, segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, que pode ser transmitida de maneira direta, em contato com as secreções da pessoa contaminada ao tossir, espirrar e falar e, indireta, por meio do ar. Basta estar no mesmo ambiente para ser infectado.
Os principais sintomas são febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas no corpo. Entre as complicações estão a pneumonia e a encefalite.
A infecção por sarampo fornece imunidade permanente, portanto, quem já teve a doença não terá pela segunda vez.
Vacina da pólio é composta por cinco doses
Já a imunização contra a poliomielite é composta por cinco doses de vacina. As duas primeiras doses, aos 2 e 4 meses de idade, são injetáveis. As outras, aos 6 meses, 15 meses e 4 anos, são por via oral, as famosas gotinhas.
A poliomielite, também chamada de paralisia infantil, é transmitida pelas secreções ou fezes da pessoa infectada. O vírus é eliminado pelas fezes e pode contaminar a água e alimentos.
Crianças pequenas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença, segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Entre os sintomas estão febre, mal-estar e rigidez na nuca. A infecção pode afetar o sistema nervoso, levando à flacidez muscular e paralisando braços e pernas de maneira irreversível.
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