Campanha visa vacinar 400 mil brasileiros e venezuelanos em 30 dias
Igor Martins/Prefeitura Boa Vista

O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (6) que a campanha de vacinação contra o sarampo para brasileiros e imigrantes venezuelanos foi antecipada para sábado (10) em Roraima.

Na segunda-feira (5), o governo de Roraima havia declarado que o estado passa por surto da doença.

Seis casos em crianças de origem venezuelana foram confirmados e 29 casos e uma morte estão sob investigação.

Entre os casos de suspeita da doença, há dez brasileiros e 19 venezuelanos. O primeiro caso registrado de sarampo foi de uma imigrante venezuelana em 13 de fevereiro.

Os pacientes têm idade entre 4 meses e 39 anos. A maioria dos casos foi registrada na capital Boa Vista, segundo o Ministério.

Vacina contra sarampo

A campanha de vacinação é uma ação em conjunto do Ministério da Saúde com o governo do estado. Abrange 15 cidades e tem o objetivo de vacinar 400 mil pessoas até dia 10 de abril, data prevista para o término da campanha.

De acordo com o Ministério, o “Dia D”, no qual os postos de vacinação operam no sábado em horário especial, será no primeiro dia mobilização.

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Além de evitar novos casos da doença, a estratégia do governo é impedir que o vírus volte a circular no Brasil – a doença está erradicada desde 2015. Exames realizados pela Fiocruz comprovaram que o vírus em circulação em Roraima tem origem venezuelana.

“Até o momento, não há evidência de transmissão autóctone de casos no Brasil. Portanto, pela situação atual, o país não perde o certificado de eliminação da doença. A situação continuará sendo acompanhada pela OPAS e pela Organização Mundial de Saúde”, afirmou o representante da OPAS no Brasil, Joaquín Molina, por meio de nota.

Surto na Venezuela

A Venezuela enfrenta surto da doença, inclusive na cidade de Caroni, que faz fronteira com o Brasil através do estado de Roraima. De acordo com o Ministério da Saúde, vacinação contra o sarampo foi intensificada na região desde fevereiro, com maior envio de doses.

O público-alvo da campanha são pessoas entre 6 meses e 49 anos. A vacina tríplice viral é contraindicada para gestantes e crianças abaixo dos seis meses, mesmo em situações de surto de sarampo.

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Pessoas com imunodepressão deverão ser avaliadas e vacinadas, segundo orientações do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais. É aconselhável que a gravidez seja evitada até, pelo menos, um mês após a vacinação.

“O Brasil está tomando todas as medidas necessárias para garantir a saúde dos brasileiros e venezuelanos em Roraima, porque sabemos o impacto que a imigração traz para a sociedade. Além da campanha de vacinação, uma série de ações está em curso para evitar novos casos da doença, incluindo o repasse de recursos e treinamento de profissionais”, informou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, por meio de nota.

 

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