Roraima pretende vacinar 400 mil pessoas a partir de sábado (10)
Divulgação/Sesau

 

 

Para barrar o surto de sarampo em Roraima, que já tem oito casos confirmados, o governo estadual inicia no próximo sábado (10) a maior campanha de vacinação da história.

Com apoio do Ministério da Saúde, o plano do governo de Roraima é vacinar cerca de 400 mil pessoas em 30 dias. A conta inclui todas as pessoas entre seis meses e 49 anos de idade em todos os 15 municípios do Estado.

“[O sarampo] é uma doença altamente transmissível. Até o momento, já temos um total de 37 casos notificados, dos quais oito já foram confirmados. Por isso é importante que toda a população se vacine para evitarmos uma epidemia no nosso Estado e no Brasil”, declarou o secretário estadual de Saúde, Marcelo Batista, no lançamento da campanha.

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A preocupação com a doença aumentou na semana passada, após a morte de uma criança venezuelana que entrou no país pela fronteira em Pacaraima, a 200 km de Boa Vista, e estava internada em um hospital da capital havia um mês.

O atestado de óbito aponta pneumonia, infecção generalizada e desnutrição grave, mas ainda são esperados os resultados de exames para confirmar a causa da morte.

Vacinação na fronteira

Segundo o Ministério da Saúde, Roraima já recebeu 100 mil doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Outras 50 mil estão a caminho do Estado.

Serão 130 pontos de vacinação em todo o Estado, de acordo com a Sesau (Secretaria de Estado de Saúde de Roraima), envolvendo mais de 600 agentes de saúde.

Autoridades locais relatam que os serviços públicos estão totalmente voltados para atender à alta demanda provocada pelo fluxo de venezuelanos.

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“A cidade está no limite. A gente não fala o dia todo a não ser sobre esse problema. Tomou as nossas vidas”, desabafou Teresa Surita (MDB-RR), prefeita de Boa Vista, capital de Roraima, em entrevista ao R7.

Ela relata que a prefeitura não tem condições de isolar as crianças com sarampo, porque já não há mais espaços disponíveis no único hospital infantil do Estado.

Surita reclama ainda da falta de uma “barreira sanitária” em Pacaraima, para vacinar os venezuelanos no momento em que entram no Brasil. “É um absurdo não ter vacinação na fronteira”.

“A cidade está no limite. A gente não fala o dia todo a não ser sobre esse problema. Tomou as nossas vidas”
Teresa Surita, prefeita de Boa Vista

O Brasil recebeu em 2016 o certificado de eliminação da doença, concedido pela Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). Entre 2013 e 2015, ocorreram surtos relacionados a casos trazidos de fora, sendo que o maior número de casos foi registrado nos Estados de Pernambuco e Ceará, totalizando 1.310 casos confirmados.

Saiba quais doenças podem ser evitadas com vacina:

 

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