Esforços para evitar novas infecções por coronavírus se intensificam no Irã
Ali Shirband / EFE-EPA – 24.2.2020
O número de mortos pelo coronavírus no Irã subiu para 15, três a mais que no dia anterior, após a confirmação de 34 novas infecções, segundo dados fornecidos nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde iraniano.
O porta-voz do Ministério, Kianush Yahanpur, informou que o número de pessoas infectadas em todo o país é de 95, das quais 15 morreram, o maior número fora da China.
Sobre as novas infecções, Yahanpur disse que 19 delas correspondem à cidade de Qom e nove a Teerã, enquanto duas a uma infecções foram diagnosticadas nas províncias de Fars, Mazandaran, Guilan e Alborz, bem como em Ilha de Qeshm.
Qom, centro teológico do Irã, frequentado por milhares de peregrinos e estudantes, é a origem da epidemia e a província onde mais casos foram registrados.
Denúncia de 50 mortes só em uma cidade
O deputado de Qom, Ahmad Amirabadi, denunciou ontem que naquela cidade pelo menos 50 pessoas haviam morrido devido ao coronavírus e que a cidade deveria ficar em quarentena, embora o Ministério da Saúde tenha negado esses dados.
Dos três novos falecidos, o porta-voz não especificou em que províncias haviam ocorrido, mas pelo menos duas delas correspondem a Teerã.
Para ajudar as autoridades iranianas a implementar as medidas de contenção necessárias, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu enviar uma missão científica ao Irã, que está programada para chegar hoje ao país.
O diretor da OMS para Emergências em Saúde, Michael Ryan, considerou ontem provável que, no caso do Irã, a rápida multiplicação de casos pode estar relacionada a festividades religiosas com a participação de muitos fiéis, já que o centro do surto está localizado em Qom.