Universidade também testa outra vacina
Ettore Ferrari/EFE/EPA – 30.10.2020
A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) começou a testar, nesta quarta-feira (4), a vacina da empresa americana Jonhson & Jonhson contra a covid-19.
O estudo do medicamento em Belo Horizonte deveria ter começado no início de outubro, mas a pesquisa foi adiada após um voluntário dos Estados Unidos apresentar sintomas não esperados durante o teste.
Após análises, os pesquisadores concluíram que a doença desenvolvida pelo voluntário não tem relação com a vacina e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou os testes no Brasil nesta terça-feira (3).
A Faculdade de Medicina da UFMG vai convocar 2.000 pessoas para participarem do teste. Metade do grupo vai receber a vacina e a outra metade um placebo, que é um produto sem medicamento algum, que não causa reações no corpo humano. Nem os aplicadores e nem os voluntários saberão, inicialmente, quem foi realmente vacinado.
Ao final dos estudos, caso a vacina seja aprovada, os voluntários que receberem o placebo terão prioridade para serem vacinados. Até o mês de outubro, mais de 25 mil pessoas se candidataram para os testes, que recebem pessoas saudáveis e com doenças.
De acordo com o professor Jorge Andrade Pinto, todos os pré-cadastrados vão ser contactados pela universidade, em algum momento, para participarem de outros estudos relacionados à covid-19.
Outras vacinas
Os centros de pesquisa da UFMG também testam em profissionais da saúde a vacina Coronavac, da fabricante chinesa Sinovac. Os estudos do imunizante chinês não foram paralisados.
No mês de setembro, a AstraZeneca suspendeu por cinco dias os testes da vacina que desenvolve em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.
A medida foi necessária após um dos voluntários também apresentar possíveis sintomas adversos, mas as análises não apontaram relação com o imunizante. A Universidade Federal de Minas Gerais não faz parte deste estudo.