Vacina de Oxford rejeitada por países ricos pode ser distribuída em países pobres sem imunizantes
Sergio Perez/ Reuters

As doses da vacina de Oxford contra covid-19 que foram rejeitadas por países que suspenderam a aplicação irão para países mais pobres assim que possível para combater um “desequilíbrio chocante” na distribuição de imunizantes, disseram autoridades de saúde internacionais nesta sexta-feira (9).

Milhões de doses da vacina de Oxford foram administradas sem problemas de segurança em todo o mundo, mas alguns governos estão limitando seu uso a faixas etárias mais avançadas por precaução enquanto os casos de mortes por coágulo no sangue são investigados.

A fabricante da vacina disse estar trabalhando com agências reguladoras “para entender os casos individuais, a epidemiologia e os mecanismos possíveis que poderiam explicar estes acontecimentos extremamente raros”.

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Austrália e da Grécia recomendaram, no últimos dias, alternativas à vacina de Oxford, desenvolvida em parceria com o laboratório AstraZenca, para pessoas mais jovens devido ao temor de possíveis coágulos sanguíneos, efeito colateral raros, mas identificado em algumas pessoas após a aplicação.

Hong Kong, por sua vez, decidiu adiar as remesas da vacina de Oxford e argumentou que tem doses suficientes de outras fabricantes e que seria um desperdício novos lotes enquanto os suprimentos globais estão escassos.

Distribuição desigual

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a maioria dos países não tem doses suficientes de nenhuma vacina para cobrir os profissionais de saúde e outros sob risco alto de exposição ao vírus, que já matou quase três milhões de pessoas em todo o mundo.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que os países de alta renda vacinaram em média uma de quatro pessoas, enquanto os países de baixa renda vacinaram uma em mais de 500.

“Ainda há um desequilíbrio chocante na distribuição de vacinas”, disse ele em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira.

O mecanismo Covax da OMS e da aliança de vacinas Gavi almeja fazer com que vacinas cheguem a países mais pobres. Indagado se o Covax está negociando doses da vacina de Oxford que foram rejeitadas, o chefe da Gavi, Seth Berkley, disse que a cadeia de suprimento da empresa anglo-sueca “se acelerou”.

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