A valeriana, uma erva medicinal utilizada pelo menos desde a época da Grécia e Roma antigas, continua a ser indicada por médicos para redução dos níveis de estresse e melhores noites de sono. Estudos recentes apontam para possíveis benefícios do uso desse fitoterápico em pessoas que buscam se acalmarA Valeriana officinalis ou V. officinalis é a espécie amplamente usada para medicamentos fitoterápicos ou chás, neste último caso, as raízes secas. Os suplementos em comprimido ou cápsulas também são produzidos a partir dos caulesEstudos mostram que o extrato de valeriana tem quantidades de Gaba (ácido gama-aminobutírico) — inibidor do sistema nervoso central — suficientes para causar o efeito sedativo, um efeito que tem a mesma lógica dos calmantes de tarja pretaTodavia, “não se sabe se o Gaba pode atravessar a barreira hematoencefálica [cérebro] para contribuir para os efeitos sedativos da valeriana”, esclarece o Escritório de Suplementos Alimentares dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados UnidosEm um documento publicado em 2016, o Comitê de Medicamentos à Base de Plantas da Agência Europeia de Medicamentos entende com “uso bem estabelecido” doses entre 400 mg e 600 mg de valeriana para o alívio de tensão nervosa leve, até três vezes ao dia. Já para distúrbios do sono, a dose pode ser tomada de meia hora a uma hora antes de dormir. A dose máxima não deve exceder 2,4 g por diaA agência europeia considera como “uso tradicional” entre 300 mg e 2 g de raiz de valeriana para fazer chá. Esta quantidade pode ser dividida em três vezes ao dia para o alívio do estresse ou tomada à noite para auxiliar no sonoPor falta de evidências sobre a segurança, é contraindicado o uso da valeriana por menores de 12 anos, gestantes e mulheres que estão amamentando. Também é recomendado que pessoas que operem máquinas não o façam durante o uso da valerianaOs principais efeitos adversos associados ao uso da valeriana são: dores de cabeça, tontura, coceira no corpo e distúrbios gastrointestinais. Também há em estudos relatos de aumento da sonolência na manhã seguinte após uma ingestão de 900 mg do suplementoO Escritório de Suplementos Alimentares dos EUA também alerta para os riscos da interação da valeriana com outros fármacos, como benzodiazepínicos (clonazepam, alprazolam, lorazepam, bromazepam, diazepam, etc.) e até mesmo erva de São João e melatonina. “Indivíduos que tomam esses medicamentos ou suplementos devem discutir o uso de valeriana com seus profissionais de saúde”, adverte 

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