Influenciadora está internada desde o dia 15
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O tipo de dor de cabeça que levou a influenciadora Virginia Fonseca a ser internada em um hospital é considerado raro por durar mais de 72 horas e não aliviar com medicamentos comumente usados.
Ela foi diagnosticada com cefaleia refratária, uma condição que, segundo a Migrane Australia — uma associação que auxilia pessoas com enxaqueca —, ocorre em menos de 1% dos pacientes que sofrem com essa doença.
Trata-se de uma espécie de ataque ou crise com uma dor latejante em um ou dos dois lados da cabeça, acompanhada de náusea, vômito e sensibilidade a luz, sons e cheiros.
A neurologista Inara Taís de Almeida, membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, explica que essa dor prolongada por mais de três dias que caracteriza a cefaleia refratária costuma levar pacientes ao hospital.
“Por ser uma dor mais duradoura, que geralmente não responde bem aos remédios que costumamos usar em casa, muitas pessoas acabam fazendo o tratamento no pronto-socorro.”
A médica diz que podem ser usados remédios intravenosos, além de hidratação. Os medicamentos comumente aplicados são os triptanos. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, “o efeito terapêutico desses medicamentos deve-se à sua ação agonista sobre os receptores de serotonina 5HT1B e 5HT1D, o que leva à constrição dos vasos cranianos e à inibição da inflamação neurogênica que ocorre na enxaqueca”.
Também são administradas drogas como a ondansetrona, para o tratamento de náuseas e vômitos.
No caso da influenciadora, entretanto, o fato de ela estar grávida pode dificultar o tratamento.
“Na mulher grávida, é conhecida a segurança de poucos medicamentos que a gente utiliza. Por conta disso, geralmente as dores na mulher grávida podem durar um pouco mais do que o esperado.”
Nesta quarta-feira (18), ela postou no Instagram uma foto com um adesivo analgésico no pescoço.
Em nota, o hospital em São Paulo onde Virginia está internada disse que ela deu entrada no último dia 15 e está recebendo “medicações venosas para controle da dor”. Não há previsão de alta.