Queda de 12% foi pior do que a esperada pelo setor
Cesar Conventi /Fotoarena/Folhapress – 22.12.2020
As vendas dos shoppings centers no Natal deste ano caíram 12% em comparação com a mesma data comemorativa do ano passado. Os dados foram publicados nesta terça-feira (29) pela Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers) e apurados pela Cielo para compor o ICVA (Índice Cielo do Varejo Ampliado).
A queda de 12% foi pior do que a esperada pela Abrasce, que havia projetado um recuo de 2% para o período. O setor foi afetado pelo aumento nas restrições no horário de funcionamento por conta do avanço da pandemia do novo coronavírus, além de diminuição no pagamento do auxílio emergencial pelo governo.
O presidente da entidade, Glauco Humai, afirmou, em nota, que, apesar de negativo, o resultado confirma a resiliência dos shoppings e suas lojas, que chegaram a acumular uma perda de 90% nos primeiros meses de quarentena, mas recuperaram as vendas gradualmente nos meses seguintes.
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“Vínhamos com uma queda média de 25% nas vendas (nas últimas quatro semanas) e a força do período nas vendas do Natal fez esse índice subir. […] Só não foi ainda melhor devido ao retrocesso nas imposições de mais restrições por parte do governo”, explicou Humai, referindo-se às limitações nos horários de funcionamento.
A pesquisa também mostrou que o tíquete médio das compras no Natal de 2020 foi de R$ 197, alta de 5,9% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado.
Em comunicado conjunto, o presidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), Nabil Sahyoun, destacou que a parceria entre os lojistas e donos dos estabelecimentos têm sido fundamental para a recuperação dos negócios.
“A sinergia entre os lojistas e empreendedores foi fundamental para seguirmos com resiliência”, declarou Sahyoun. “Temos nos ancorado em toda e qualquer oportunidade de negociação e retomada de vendas, sempre cuidando da saúde, mas muito preocupados com a manutenção dos empregos do setor”, completou.
Em ordem de grandeza, as administradoras de shopping centers já abstiveram mais de R$ 5 bilhões em adiamento e suspensão de despesas aos lojistas considerando aluguéis, condomínios e fundos de promoção.